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Emerson Santos é desejo antigo do Inter e abre disputa com defesa em alta

Emerson Santos passou pelo Botafogo, esteve no Palmeiras e chega para o Internacional - Vitor Silva/SSPress
Emerson Santos passou pelo Botafogo, esteve no Palmeiras e chega para o Internacional Imagem: Vitor Silva/SSPress

Marinho Saldanha

Do UOL, em Porto Alegre

17/07/2018 04h00

Um 'namoro' que começou em 2017 está prestes a se tornar oficial. Emerson Santos é o reforço do Inter em contrato de empréstimo que vai até o fim de 2019. E a confirmação da chegada abre disputa num setor em alta e que parece inabalável no time gaúcho.

A avaliação do Internacional já era positiva sobre ele quando o time disputava a Série B. Na ocasião, Emerson defendia o Botafogo. O Colorado tentou uma aproximação, chegou a abrir negociação, mas esbarrou na corrida de clubes atrás de sua chegada.

Com contrato no fim no Alvinegro, não foram poucos a manifestar intenção de tê-lo. O Corinthians chegou a ensaiar proposta, mas demorou e viu a intervenção do Palmeiras de forma avassaladora. O diretor de futebol Alexandre Mattos abordou o zagueiro depois do confronto entre Palmeiras e Botafogo pelo Brasileiro do ano passado. Em seguida o clube conquistou sua chegada através de um pré-contrato com luvas superiores a R$ 5 milhões. O Inter não conseguiria vencer a concorrência de qualquer forma.

O comando do Internacional, porém, guardou as anotações positivas sobre ele para uma investida futura. E foi ao ver o baixo aproveitamento no Alviverde que a oportunidade se apresentou.

A rotina de poucos jogos começou ainda no Botafogo. Após assinar com o Palmeiras, ele ganhou uma 'geladeira' de sua equipe. A última partida no Rio de Janeiro aconteceu em agosto de 2017. Em janeiro, se transferiu para o Palmeiras e precisou recuperar a forma e o ritmo de jogo.

E a situação pesou para que Roger Machado o colocasse no fim da fila por oportunidades. Em São Paulo, a surpresa foi geral quando dois jogadores quase fora dos planos ganharam chance na lista de inscritos do Paulista e Emerson não. Ele optou por Thiago Martins e Antonio Carlos. Além disso, o agora colorado precisava disputar espaço também com Juninho, Edu Dracena e Luan, fazendo ficarem cada vez mais raras as chances no time.

Foram apenas dois jogos pelo Palmeiras, ambos pela Libertadores, diante de Alianza Lima e Junior de Barranquilla. Um total de 92 minutos em campo em jogos oficiais.

Durante o recesso do Brasileiro, Juninho foi negociado com Atlético-MG, mas o argentino Nicolás Freire chegou e um indicativo claro que as chances não apareceriam de qualquer forma. Tanto que nos amistosos realizados na América Central, ele atuou apenas entre os reservas.

Com isso, ele abriu negociação com América-MG e viu na reaproximação do Inter a chance de ter mais oportunidades. Mesmo que a zaga vermelha hoje esteja consolidada com Rodrigo Moledo e Victor Cuesta. O posto aberto para Emerson é, inicialmente, o de primeiro suplente para qualquer um deles.

Além de notar qualidades no jogador de 23 anos, o Colorado ainda antevê uma possível saída de Klaus, que é acompanhado de perto pelo Wolfsburg, da Alemanha. E entende que precisará ter paciência com Thales, que passou por cirurgia no joelho direito. Além destes, Danilo Silva também está no grupo.

O vínculo de Emerson com o Palmeiras vai até 2022. No Inter ele assina contrato até o fim de 2019 com cláusula de compra de 50% dos direitos fixada em 3,5 milhões de euros (R$ 15,8 milhões).