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Presidente da AFA elogia Pékerman e confia em "fico" de Messi na seleção

Tapia com Messi durante a Copa do Mundo: incertezas no futuro argentino - Alejandro Pagni/AFP
Tapia com Messi durante a Copa do Mundo: incertezas no futuro argentino Imagem: Alejandro Pagni/AFP

Do UOL, em São Paulo

24/07/2018 07h51

O presidente da Associação de Futebol Argentino (AFA, na sigla em espanhol), Claudio Chiqui Tapia, concedeu uma entrevista para a “Rádio Mitre” na qual fez elogios a Jose Pekérman, apontado pela imprensa do país como um dos favoritos para assumir o comando técnico da seleção, e disse confiar na permanência de Lionel Messi.

Tapia, no entanto, disse que ainda não iniciou as conversas com nenhum candidato ao posto ocupado por Jorge Sampaoli na Copa do Mundo da Rússia e vai analisar projetos. Pékerman tem contrato com a seleção colombiana até o final do mês e já teve a experiência de comandar a Argentina, inclusive no Mundial de 2006.

"Jose fez o melhor trabalho com os juvenis que teve a equipe nacional, o mais bem-sucedido. Nós não falamos sobre ninguém. Esta geração ganhou tudo com ele. A última vez que o vi foi no River x Boca, em Mendoza, pela Supercopa. No mês que vem seu contrato expira na Colômbia. Ele pode contribuir muito para o futebol argentino seja onde for. É uma referência, mas no momento certo será visto. Você tem que conversar com todos que podem representar o projeto", disse.

O dirigente também elogiou Marcelo Gallardo, atual técnico do River Plate, mas mostrou-se pessimista em um possível acerto. Ele considera o perfil do treinador, que já avisou que pretende continuar no clube, como ideal.

"Eu tomaria um café com Gallardo. Eu nunca o critiquei, acho que ele é um ótimo técnico, jovem e com grandes capacidades. Ele cuida da base até o time principal, e na AFA queremos um projeto amplo como esse. É o perfil que temos que procurar, mas hoje vejo dificuldades por causa do que ele disse que quer priorizar seu projeto no River", disse.

Independente de quem assumir a seleção, o desafio imediato será convencer Lionel Messi a permanecer defendendo as cores do país. O jogador ainda não se manifestou sobre o assunto desde a eliminação nas oitavas de final da Copa contra a França, mas o histórico recente, até com uma declaração em 2016 de que não jogaria mais pela seleção e que acabou não se concretizando, indicam que ele pode optar por não continuar.

"No Dia dos Amigos nós escrevemos (para ele). Ele está de férias e curtindo a família, nós não falamos sobre a Copa do Mundo. Eu acho que vai continuar. Temos que deixar ele tranquilo, começar o projeto e ver como as coisas estão acontecendo. Esse golpe foi muito duro para ele, mas a Argentina precisa dele. (Na Copa) Eu vi o Messi, como muitos deles puderam ver, com um grau de responsabilidade que geramos. Achamos que ele é um super-herói, mas ele é um humano, e nós o carregamos com responsabilidades que acabaram fazendo mal", analisou.