Ídolos por perto: Milan adota filosofia que tem dado certo no São Paulo
Estamos falando de dois clubes que construíram suas identidades no vermelho, branco e preto. Mas há mais coisas em comum do que se imagina no presente de Milan e São Paulo. Enquanto o Tricolor lidera o Brasileiro sob o comando dos ídolos Lugano, Raí e Ricardo Rocha, o clube italiano tenta voltar aos dias de glória com estratégia parecida.
O primeiro ídolo “recuperado” pelo Milan foi Gennaro Gattuso, que foi contratado como treinador no fim de 2017 e recentemente renovou até 2021. O brasileiro Leonardo, que chegou a ser técnico do Millan na temporada 2009/2010, foi anunciado como novo diretor esportivo no último dia 25 de julho. A meta é devolver o time para o caminho das glórias.
Bem como o São Paulo, que não vence o Brasileiro desde 2008, o Rossonero não ganha o Italiano desde a distante temporada 2010/2011. De lá para cá, só conquistou em 2011 e 2016 a Supercopa da Itália, torneio que coloca frente a frente os campeões do Italiano e da Copa da Itália – como a Juventus venceu ambos em 2016, o Milan teve a chance de disputar a Supercopa como vice da Copa.
Leonardo terá no cargo a clara missão de manter sob controle os gastos e dívidas do clube, que se reorganiza sob o novo comando do fundo de investimentos americano Elliot. “Ele vai contar com todo apoio financeiro que precisar para reforçar e racionalizar o time diante das regras do fair play financeiro”, explicou Paolo Scaroni, novo presidente executivo.
Se desconsideramos o fato de que o Milan tem donos e acaba de ser comprado por um novo grupo, a política orçamentária é semelhante à que Raí encontrou na chegada ao São Paulo como diretor executivo de futebol. Afinal, mesmo depois de reduzir a dívida de R$ 170 milhões (registrada no relatório de 2015) para R$ 90 milhões, o Tricolor viu necessidade de abrir mão de alguns atletas, como o recém-negociado Militão, e ainda prefere apostar em reforços pontuais.
Após a confirmação do retorno de Leonardo ao Milan, foi a vez de Paolo Maldini ser anunciado neste domingo (5). O ex-zagueiro integrará a nova cúpula como diretor de desenvolvimento e estratégia esportiva. “Não tenho experiência como diretor, mas trabalhar perto de Leonardo é importante para mim”, afirmou.
“Maldini e eu nos conhecemos há 21 anos, até tentei levá-lo para o Paris [Leonardo foi dirigente do PSG entre 2011 e 2013]. Já percorremos um longo caminho juntos, mas esta é sua casa. Com o Gattuso, formaremos um triângulo de grande cumplicidade. Espero que traga resultado, precisamos voltar a ganhar troféus”, disse Leonardo.
Enquanto trabalha com os já contratados, o clube italiano parece considerar também o nome de Kaká para o futuro. Em entrevista à Gazzetta dello Sport, Leonardo revelou que o ex-melhor do mundo deve se juntar ao Milan em breve, mas pede calma: Kaká chegará para aprender.
“Ele expressou o desejo de estar aqui, quer aprender a ser dirigente. Creio que estará aqui em setembro. Ele só virá para fazer contato, sem cargo, e não será pago por isso”, avisou o novo diretor esportivo.
Se a aproximação de Kaká com a diretoria do Milan realmente se concretizar, o time italiano terá algo que o São Paulo encontrou em Lugano, Raí e Ricardo Rocha: comandantes que sempre viveram o futebol e conhecem o clube com profundidade. Quanto aos títulos, só o tempo dirá se os dois clubes os reencontrarão.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.