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Atacante duelava artilharia com Pedro na base, mas não teve chance no Bota

Renan Gorne marcou 31 gols na base e 2016, mas só teve um jogo nos profissionais do Botafogo - Vitor Silva/SSPress/Botafogo
Renan Gorne marcou 31 gols na base e 2016, mas só teve um jogo nos profissionais do Botafogo Imagem: Vitor Silva/SSPress/Botafogo

Bernardo Gentile

Do UOL, no Rio de Janeiro

15/08/2018 04h00

Renan Gorne despertou o interesse da torcida do Botafogo ainda no sub-20. O jogador marcou 31 gols em 2016, ano em que se consagrou campeão brasileiro em cima do Corinthians. O ‘matador’ alvinegro sempre tinha Pedro, também da mesma categoria, como principal adversário pela artilharia dos campeonatos que ambos disputavam.

Era muito previsível que o atleta teria sua oportunidade nos profissionais do Botafogo em pouco tempo. Vários de seus companheiros, hoje, duelam por espaço no elenco do Alvinegro. Renan Gorne, porém, segue desprestigiado pela diretoria. Ele foi emprestado ao Paysandu, mas voltou ao Alvinegro há poucas semanas. Foi avisado que estava fora dos planos e treina com atletas do sub-20 que também aguardam oportunidades do mercado da bola.

“O Pedro é um cara que sempre disputei tudo na base com ele. Quando ele subiu, encontrou o Abel Braga e pessoas que tiveram paciência com ele. Ele esperou treinando no clube e mostrando seu trabalho. Hoje tá dando a resposta que todos esperavam dele. Se eu tivesse uma sequência no Botafogo, sei que poderia ajudar o meu clube também”, disse Renan Gorne ao UOL Esporte.

“O que eu mais quero é ter essa oportunidade no Botafogo e mostrar que eu tenho condições de vestir essa camisa. Estou no clube há muitos anos e criei um carinho muito grande por essa torcida. O que mais torço é que o Zé Ricardo me chame para um período de treinos com ele”, completou o atacante do Botafogo.

Apesar de ter sido informado que a ideia da diretoria é emprestá-lo novamente, Gorne ainda não desistiu do sonho de vestir novamente a camisa do Botafogo nos profissionais. E a chegada do técnico Zé Ricardo trouxe alguma esperança ao jovem atacante.

“Em 2016 fiz 31 gols na base e alguns deles no Flamengo. Então joguei contra o Zé Ricardo, acho que ele me conhece. Tudo o que mais queria era ter essa oportunidade. Confesso até que não entendo não ter tido uma chance de verdade no Botafogo. Joguei um jogo no profissional”, afirmou.

“Por onde passei tive bons números. Na base do Botafogo, nos Estados Unidos [North Carolina]. Até no Paysandu que fiquei na reserva, estava conseguindo ajudar quando entrava em campo. É difícil eu falar, mas pelo que parece querem me emprestar novamente. Tenho que aceitar, mas não posso negar que meu grande desejo era ter uma chance de verdade no Botafogo” completou.

A sonhada oportunidade no Botafogo não deve ocorrer nesse primeiro momento. Segundo o clube, o elenco conta com Aguirre, Kieza e Brenner para a posição atualmente, o que impossibilita o aproveitamento do jovem atleta. Por outro lado, o Alvinegro entende que isso pode mudar na virada do ano, quando um novo elenco será montado.

O desejo do Botafogo é de emprestar Renan Gorne para que ele consiga mostrar seu futebol em outro clube. A tática não é nova e deu certo com alguns jogadores como Igor Rabello e Sassá. A dupla foi emprestada para o Náutico, onde se destacou, e retornou ao Alvinegro com novo status.