Topo

Jorginho aprova efetivação de Valdir no Vasco: "Bigode vai dar certo"

Jorginho (e) apoia efetivação de seu ex-auxiliar Valdir Bigode (d) no Vasco - Paulo Fernandes / Flickr do Vasco
Jorginho (e) apoia efetivação de seu ex-auxiliar Valdir Bigode (d) no Vasco Imagem: Paulo Fernandes / Flickr do Vasco

Do UOL, no Rio de Janeiro

16/08/2018 17h19

Convidado do programa “Seleção SporTV” desta quinta-feira (16), o técnico Jorginho falou pela primeira vez sobre a demissão no Vasco que ocorreu na última segunda. Culpando o conturbado ambiente político do clube, o treinador analisou também o futuro da equipe e deu seu voto para a efetivação do auxiliar-técnico Valdir Bigode, que tem comandado interinamente o elenco esta semana enquanto a diretoria não define se contrata ou não alguém para o lugar.

“Se eles apostaram no Bigode, vai dar certo. É um cara carisma”, elogiou.

Embora tenha se mostrado grato com a oportunidade de retornar ao Vasco, Jorginho deixou claro que a política acabou interferido. De acordo com o treinador, a situação financeira do clube ainda é muito delicada.

“Esse ano é quase que impossível de o Vasco ter contratações. Não conseguimos contratar. Tivemos de contratar jogadores que os clubes da Europa nem estavam contando com eles (Maxi  López, Leandro Castan e Vinícius Araújo), então eles vão demorar para entrar no ritmo. A gente vê a dificuldade que o Vasco tem, o orçamento não é simples. O presidente vive uma terra arrasada. As pessoas que estão lá são qualificadas, mas isso vai ser no longo prazo", avaliou.

Por fim, Jorginho fez uma análise de sua passagem que durou apenas dez jogos, sendo quatro vitórias, um empate e cinco derrotas:

“Eu creio que quando cheguei, a gente já estava diante de um grande desafio. Coloquei o Ramon para entrar no jogo contra o Sport e ele fez o gol da vitória. No jogo contra o Bahia, tive de pagar uma conta que não era minha, mas a eliminação entra na conta (na partida de ida da Copa do Brasil, o Vasco perdeu por 3 a 0 quando o técnico ainda era Zé Ricardo). Tivemos bons jogos depois da parada da Copa. O que fomos piores foi contra o Corinthians, tivemos um apagão. Vejo o Vasco uma equipe organizada, mas que não conseguia converter em gols. O Vasco se encontra num momento com pressão, discussão de pessoas... Esse é o momento que o Vasco vive e isso acaba caindo no treinador. É muito mais fácil trocar o treinador. Mas eu tenho muito respeito. Tive o prazer e uma honra de trabalhar com o presidente, mas os resultados foram determinantes para a saída precoce”.

O Vasco não tem pressa para definir seu treinador e deverá ter Valdir Bigode como interino na partida da próxima segunda-feira, contra o Ceará, em São Januário. Não está descartada a possibilidade de que ele seja efetivado.