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Vice do STJD pede vistas de processo e adia decisão sobre final do Paulista

Pedro Ivo Almeida/UOL
Imagem: Pedro Ivo Almeida/UOL

Pedro Ivo Almeida

Do UOL, no Rio de Janeiro

16/08/2018 14h51

O Pleno do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) se reuniu nesta quinta-feira (16) para julgar o pedido do Palmeiras de impugnação da decisão do Campeonato Paulista de 2018. No julgamento, o vice-presidente do órgão, auditor Otávio Noronha, e ex-presidente da casa Ronaldo Piacente pediram vistas do processo, adiando a decisão do caso para uma próxima sessão da turma.

O time alviverde tentava impugnar a decisão da competição por considerar que a arbitragem sofreu interferência externa no segundo jogo das finais, em 8 de abril, no Allianz Parque. Na ocasião, o Corinthians venceu por 1 a 0, graças a um gol de Rodriguinho.

No jogo em questão, o árbitro Marcelo Aparecido Ribeiro de Souza marcou um pênalti de Ralf sobre Dudu aos 26 min do segundo tempo. No entanto, após minutos de paralisação, cancelou a marcação e seguiu com o jogo.

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O julgamento desta quinta-feira estava marcado para as 11h (horário de Brasília), mas começou com 50 minutos de atraso por conta de problemas em voos de São Paulo para o Rio de Janeiro.

Após a manifestação do Palmeiras, primeira parte a se pronunciar, representantes da Federação Paulista de Futebol também se manifestaram naquela que era a segunda pauta do dia. A FPF pediu sua entrada como parte interessada no processo, o que foi aceito pelo Pleno. Na sequência, a entidade paulista explicou todo o procedimento do TJD-SP, disse não ver fatos novos e defendeu que se mantivesse a decisão que mantém o resultado.

Na sequência, o procurador-geral do STJD, Felipe Bevilacqua, disse acreditar que houve irregularidades no processo da marcação do pênalti - demorado a seu ver - mas descartou a impugnação, afirmando não haver "prova determinante de interferência externa para alteração de resultados".

Com os posicionamentos, coube ao auditor José Perdiz proferir seu voto. O relator do caso disse que "a alteração de um resultado de campo só deverá ocorrer se a lei for descumprida de maneira inequívoca", o que afirmou não ter ocorrido, rejeitando a impugnação.

O relator ainda citou a polêmica no Fla-Flu de 2016, que também gerou questionamentos sobre uma possível interferência externa. E, como daquela vez, defendeu a manutenção do resultado.

"Acho um caso delicado, apresentaram-se boas provas e quero analisar melhor. Prometo máxima urgência para observar o caso e votar", justificou Otávio Noronha.

As próximas sessões do Pleno do STJD serão itinerantes: dia 31 de agosto, em Curitiba, e em 12 de setembro, em Manaus. Uma nova sessão para resolver o impasse paulista só ocorrerá depois disso.