Saída de CR7 e derrota para rival sobem cobrança por brilho de Bale no Real
Havia grande expectativa sobre como o Real Madrid se comportaria na primeira disputa de título sem Cristiano Ronaldo. O elenco que Julen Lopetegui herdou para a sua primeira temporada pelo clube segue competitivo, mas a falta de um jogador fora de série, que brilha em decisões, foi sentida na derrota por 4 a 2 para o Atlético de Madri, nesta quarta-feira (15), na Estônia, pela Supercopa da Europa.
Sem buscar uma reposição de peso no mercado após a saída de CR7, que se transferiu para a Juventus, o Real não pretende pagar além do que já investiu nesta janela de transferências mesmo com o abalo por um perda de título para um rival - foram 124,2 milhões de euros (R$ 549 milhões) gastos em seis reforços, sendo que dois deles já foram emprestados a outros clubes. Com isso, a cobrança por protagonismo recai em Gareth Bale, um galáctico que ainda se resume a lampejos de craque com a camisa merengue.
Contratado por 101 milhões de euros (cerca de R$ 446 milhões na cotação atual) na temporada 2013-14, na época a transação mais cara do futebol mundial, Bale tem uma trajetória inconstante pelo Real. É capaz de resolver uma partida decisiva, como fez na última final da Liga dos Campeões contra o Liverpool, na mesma proporção em que esbanja apatia por várias rodadas.
Ficar à sombra de Cristiano Ronaldo e sofrer lesões musculares em sequência são outros fatores que prejudicaram o protagonismo do meia-atacante galês, que marcou 88 gols em 190 jogos pelo Real.
Titular com Lopetegui diante do Atlético, Bale teve boa atuação no tempo normal e deu a assistência para Benzema marcar o primeiro gol do Real na Supercopa, mas caiu de rendimento na prorrogação, situação aceitável para jogadores em início de temporada.
"Ele jogou bem, e é normal que sinta cansaço, mas estou feliz com o desempenho e espero muito dele nas próximas partidas", avaliou o treinador do Real após a derrota para depois enfatizar que, em princípio, será em Bale que apostará para que o time não sinta tanta falta de Cristiano Ronaldo.
"Não acho que a política de planejamento esportivo (de não trazer mais reforços) irá mudar. Temos de levantar a cabeça para começar bem o Campeonato Espanhol", completou Lopetegui, já pensando na partida do próximo domingo (19), contra o Getafe, no Santiago Bernabéu.
Entre os demais jogadores do Real, o discurso pós-derrota foi o de evitar lamentações pela perda de seu principal artilheiro. "Claro que sentimos falta de Cristiano, mas já passou. Cristiano faria falta a qualquer time", destacou o volante brasileiro Casemiro. "Não temos o pior ou o melhor elenco por causa de um único resultado. Quem se encarrega de contratações são os diretores", enfatizou.
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