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Xodó de Zidane e "vira-casaca" na seleção. Quem é o herdeiro da 7 do Real?

Mariano já defendeu a República Dominicana e agora optou por esperar a Espanha - divulgação/Real Madrid
Mariano já defendeu a República Dominicana e agora optou por esperar a Espanha Imagem: divulgação/Real Madrid

Do UOL, em São Paulo

09/09/2018 04h00

“Usar a camisa 7 é um orgulho e uma responsabilidade; me disseram que o número estava livre e eu peguei”. Foi assim que Mariano Díaz resumiu a decisão de herdar o número com o qual Cristiano Ronaldo fez história no Real Madrid, ciente de toda pressão que virá com ele. Mas o atacante de 25 anos, de pai espanhol e mãe dominicana, conhece bem o clube onde se formou e de onde saiu por orientação de Zidane há cerca de um ano.

Embora tenha participado da decisão de liberar Mariano em 2017, Zidane não é um carrasco na vida do jogador. Pelo contrário. O francês trabalhou com ele nos times inferiores do Real e sempre deu atenção especial, com conselhos sobre bola e extracampo. No começo de 2016, Zidane já comandava a equipe principal quando Mariano soube que seria promovido para jogar a temporada 2016/2017.

Diante das muitas opções para o ataque, no entanto, ele teve poucas chances. Mesmo assim, fez cinco gols em 302 minutos espalhados ao longo de 14 jogos. Como já estava com 24 anos, o jogador, seu estafe, Zidane e o Real Madrid decidiram que era hora de Mariano ir para um time em que tivesse mais oportunidades.

Zidane, então, foi decisivo. “O Lyon foi uma recomendação do Zidane. Com a saída do Lacazette, ele disse que seria um bom momento e concordei. Acho que fiz muito bem. Tive outras propostas, mas a do Lyon foi a que mais me interessou”, contou ele ao “Diario Libre”.

No Lyon, fez 21 gols em 45 jogos em sua temporada de estreia e despertou o interesse do Sevilla. Mas o Real, ao negociá-lo um ano antes, ficou com a preferência de recontratá-lo se surgisse um time interessado. E assim o fez. Pagou 35% menos que a oferta do Sevilla, como previa o acordo, e desembolsou 23,4 milhões de euros (cerca de R$ 110 milhões) por seu novo camisa 7.

Aposta também na Espanha

Antes de apostar no Lyon, Mariano também teve que tomar uma decisão sobre qual seleção defender. Nascido na Catalunha, ele é filho de pai espanhol e mãe dominicana. Assim, em 2013, aceitou convocação da República Dominicana e disputou uma partida amistosa pelo país.

Ele, inclusive, fez um gol na vitória por 3 a 1 sobre o Haiti. Na oportunidade, comemorou muito o feito. “Estou muito orgulhoso de representar essa bandeira, essa pátria, esse país”, vibrou Mariano Díaz em 2013.

Por outro lado, a ascensão na base do Real Madrid começou a mudar a decisão do atacante. Em 2017, quando já estava no time principal, ele declarou que seu sonho na verdade era defender a Espanha.

Pouco depois, a imprensa espanhola divulgava que Julen Lopetegui, então à frente da Espanha e hoje técnico do Real Madrid, estava de olho no jogador. Ele foi cotado para os amistosos pré-Copa contra Alemanha e Argentina, mas acabou não chamado. A decisão, no entanto, estava tomada. “Sonho desde criança em defender a Espanha”, afirmou Mariano.