Conselheiros aprovam, e sócios do Santos definirão impeachment de Peres
Os sócios do Santos serão os responsáveis por decidir se José Carlos Peres continuará ou não na presidência do Santos. Na noite desta segunda-feira (10), em sessão extraordinária realizada na Vila Belmiro, os conselheiros votaram a favor do impeachment do mandatário alvinegro. O processo avançou logo na primeira votação, mas só após recontagem de votos e com placar apertado; já o segundo pedido foi aprovado com alguns votos a mais.
Com isso, Marcelo Teixeira, presidente do Conselho Deliberativo, tem até 30 dias para convocar uma assembleia de sócios para uma nova votação, sendo necessária a aprovação por maioria simples para a destituição de Peres. Neste caso, o vice, Orlando Rollo, assumiria o cargo.
Peres teve dois processos de impeachment votados nesta segunda-feira (10), com votações distintas. Para que fossem aprovados, ao menos um deles precisava do ‘sim’ de mais de dois terços dos conselheiros presentes no encontro — o que aconteceu em ambas as tentativas, ainda que com certa celeuma.
No primeiro processo, que envolvia a denúncia da Hi-Talent, o impeachment foi aprovado por pouco. Mas houve recontagem de votos e questionamento, por parte do grupo de Peres, quanto à legalidade de os membros da Comissão de Inquérito e Sindicância (CIS) terem votado após eles próprios terem aprovado o parecer. Marcelo Teixeira, que já havia dado como certa a aprovação do processo, chegou a se reunir por alguns minutos com a Comissão de Estatuto do clube antes de confirmar a aprovação.
Na sequência foi votado o pedido que cita as empresas mantidas por José Carlos Peres, o que em tese fere o Estatuto do Santos. Este processo foi aprovado por 164 conselheiros a favor, 72 contra, um voto em branco e dois nulos (68,3%)
Todos os sócios adimplentes com mínimo de um ano de associação terão direito ao voto para decidir o futuro do presidente em exercício. Segundo o estatuto, a assembleia de sócios só pode acontecer 15 dias depois da sessão do Conselho Deliberativo.
Os pedidos de impeachment
O pedido mais consistente de impedimento foi encabeçado pelo ex-presidente do Conselho Deliberativo e conselheiro nato do clube, Esmeraldo Soares Tarquínio de Campos Neto. Este processo, o segundo votado na noite, foi aprovado com alguns votos a mais em relação ao primeiro.
O pedido se baseia nas empresas mantidas pelo presidente que estão em desacordo com o Artigo 61 Parágrafo Terceiro do Estatuto do Santos FC e a punição por descumprimento é o impedimento ao cargo, previsto no Artigo 68 Letra “d” da peça estatutária do clube.
O Artigo 61 Parágrafo Terceiro do Estatuto tem a seguinte redação: “Os membros do Comitê de Gestão são impedidos de ter qualquer tipo de relacionamento profissional com o Santos, direta ou indiretamente, ou ser procurador de atletas, empresário de atletas, agente de atletas ou sócio de pessoas jurídicas que exerçam tais atividades”.
A representação foi fundamentada com embasamento jurídico e com base em diversas reportagens e documentos oficiais do governo brasileiro, e vê infração estatutária cometida pelo presidente, envolvendo as empresas “Saga Talent” e “Peres Sports & Marketing”, e seus sócios em ambos os negócios que podem possuir relações empregatícias e judiciais com o Santos.
Mas o primeiro pedido de impedimento votado foi aquele feito por Alexandre Santos e Silva, conselheiro eleito pela chapa de Modesto Roma Júnior, antecessor de Peres, fala das questões das empresas, mas junta a denúncia da Hi-Talent e os problemas apontados no relatório do 1º Trimeste de 2018. A denúncia foi aprovada.
Dentro de campo...
Mas se por um lado o cenário político do Santos segue conturbado, dentro de campo a história mudou desde a chegada de Cuca. Já são sete jogos sem levar gols e uma sequência de oito partidas sem derrotas. O time que antes brigava para escapar da zona de rebaixamento hoje já ocupa a oitava colocação do Campeonato Brasileiro, com 31 pontos e um jogo a menos que a maioria dos outros times.
O Santos volta a campo no próximo domingo (16), quando recebe o São Paulo em clássico marcado para a Vila Belmiro.
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