Amado por "Ultras" do PSG, Marquinhos é porta-voz em conflitos com Neymar
O recado de Marquinhos para Neymar é uma tentativa de aproximação: “Ney, não foram os caras. Pode confiar que eles gostam de você”. É uma tentativa de minimizar a irritação do camisa 10 com vaiais recebidas no Parque dos Príncipes. O zagueiro tem relação de fidelidade com a torcida organizada do Paris Saint-Germain e serve como porta-voz em uma relação conflituosa.
A idolatria dos "Ultras" do PSG, a principal organizada, com Marquinhos é grande. Dos brasileiros, é ele quem conversa abertamente com os líderes, repassa recados do grupo e narra o empenho de cada um antes de grandes desafios. No caso de Neymar, ele repassou ao grupo a mensagem de que o jogador estava abalado com as vaias na vitória por 8 a 1 contra o Dijon, na temporada passada, quando o camisa 10 marcou quatro gols, mas foi vaiado por não atender o apelo da torcida para que Cavani cobrasse um pênalti.
“Temos portas abertas no PSG. Avisamos quando vamos e marcamos reuniões. O Marquinhos fala francês fluente, comparece sempre ao fim do jogo para conversar com a gente na arquibancada e se vamos ao clube, é com ele que falamos”, contou Romain Mabille, o presidente dos Ultras, em entrevista ao UOL Esporte.

“Não entendemos o motivo do Neymar não falar com a gente, mas respeitamos. O Daniel (Alves) também é outro que prefere ser fechado. Com o Thiago Silva temos boa relação, mas o Marquinhos é um ídolo maior por aqui”, reforçou Romain.
A reportagem acompanhou a vitória por 3 a 1 do PSG contra o Angers, no Parque dos Príncipes, no fim de agosto, ao lado dos torcedores da organizada. Ao fim do jogo, Marquinhos foi o único jogador a ir à geral. Por lá, atirou a camisa, ouviu gritos com seu nome e ficou por alguns minutos (ver vídeo acima). Já no último jogo disputado, a vitória por 4 a 2 diante do Nimes, fora de casa, Marquinhos ainda pediu o megafone aos torcedores para agradecer pelo apoio.
Relação já foi péssima
A fúria da torcida do PSG com Marquinhos já o deixou próximo da saída do clube. Foi após a goleada sofrida para o Barcelona por 6 a 1, em março 2017, que o zagueiro sofreu uma série de ameaças. O pior momento foi ao chegar no aeroporto em Paris, quando ele e a esposa, Carol Cabrino, tiveram dificuldades para deixar com o carro, que era alvejado com pontapés.
Na época, Marquinhos rompeu relações com a organizada e ameaçou deixar o clube. O próprio Barcelona era visto como destino provável, mas a contratação de Neymar foi vital para a permanência.
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