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Cuidado físico faz Neymar ser meia no PSG. E Liverpool é 1° teste de força

Neymar e Mbappé assistem ao jogo entre PSG e Saint-Etienne das tribunas do Parque dos Príncipes - FRANCK FIFE / AFP
Neymar e Mbappé assistem ao jogo entre PSG e Saint-Etienne das tribunas do Parque dos Príncipes Imagem: FRANCK FIFE / AFP

Caio Carrieri e João Henrique Marques

Do UOL, em Liverpool e Paris

17/09/2018 04h00

Ao justificar a presença de Neymar como meia no Paris Saint-Germain no primeiro jogo da temporada – os 15 minutos de participação na goleada por 4 a 0 contra o Monaco na final da Supercopa da França -, o treinador Thomas Tuchel destacou ser esse um recurso para viabilizar o pedido do camisa 10, ainda fora de forma, para atuar. Mais de 45 dias depois, o cuidado físico com o brasileiro o deixa fora da posição habitual de atacante aberto pela esquerda do campo, adiando o plano de consolidar a formação do time para encarar o Liverpool, nesta terça-feira, na Inglaterra, na estreia pela Liga dos Campeões.

O posicionamento de Neymar virou incógnita no PSG. A dúvida que Tuchel deixou é a de se o atacante já tem condição de voltar a ser exigido em constantes ações de mano a mano pelo lado de campo, além de contribuir mais defensivamente. E após 4 jogos pelo Campeonato Francês com pouca exigência física, o camisa 10 faz o primeiro grande teste de força na temporada diante do time inglês.

Com Neymar na função de meia, o PSG tem vulnerabilidade defensiva por conta da escalação de outros três atacantes, Di Maria, Cavani e Mbappé. Na Liga dos Campeões, o esquema parece improvável muito embora uma alternativa tenha sido pouco trabalhada.

Na temporada, Neymar foi utilizado na posição de origem apenas no primeiro tempo da partida contra o Guingamp, dia 18 de agosto, pelo Campeonato Francês. O duelo foi para o intervalo com o PSG perdendo por 1 a 0, com atuação ruim do camisa 10. O retorno ao campo foi na função de meia, com o brasileiro sendo o responsável pelo gol de empate em cobrança de pênalti e a assistência para um dos dois gols de Mbappé, que entrou no segundo tempo.

“O Neymar já jogou até de centroavante no PSG este ano e faz a diferença pela qualidade técnica dele. Mas na Liga dos Campeões, com exigência bem maior que a do Campeonato Francês, ele será cobrado fisicamente pela primeira vez. Ele correu bastante já, especialmente contra o Angers dentro de casa – vitória do PSG por 3 a 1 -, mas ainda não aparenta estar em boas condições”, avaliou Florent Tourchet, repórter do jornal esportivo francês L’Equipe.

Colocar Neymar na função de um clássico camisa 10 já era trabalhado como alternativa de Tuchel no Francês para que o atacante evitasse confrontos de mano a mano e, consequentemente, sofresse menor número de faltas. Na competição, o efeito foi claro com a média de 5,2 faltas recebidas por jogo na temporada passada despencando para 1,5 na atual edição. Só que o posicionamento está longe de ser encarado como definitivo pelo treinador. 

Pelo cuidado físico, Tuchel deixou Neymar de fora do duelo contra o Saint-Etienne, na última sexta-feira – PSG venceu por 4 a 0 -. O brasileiro teve final de semana de exercícios em casa sob orientação do preparador físico do clube, Ricardo Rosa. 

A força do Liverpool

Atual vice-campeão da Liga dos Campeões, o Liverpool chega para a nova edição, aparentemente, tendo corrigido um dos grandes problemas da temporada passada: o número de gols sofridos. O time comandado pelo alemão Jurgen Klopp sofreu apenas 2 gols, nos 5 jogos disputados no Campeonato Inglês. Na temporada passada foram 10 gols sofridos nos 5 jogos iniciais.

O Liverpool lidera o Campeonato Inglês, com 15 pontos após 100% de aproveitamento.

Na competição, o time é o quinto que mais realizou desarmes até aqui, com 97 no total – o primeiro é o Huddersfield Town, com 102.

“Estamos animados com a oportunidade de encararmos um grande jogo. O Liverpool para mim é um dos melhores times da Europa, e, honestamente, tenho uma ideia do que posso colocar em campo. É que ainda faltam detalhes. Tenho que falar com meus principais jogadores sobre o plano”, avisou o treinador do PSG, Thomas Tuchel.