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Edu Gaspar explica escolha de amistosos: "Tínhamos que ser conservadores"

Reprodução/SporTV
Imagem: Reprodução/SporTV

Do UOL, em São Paulo

18/09/2018 00h36

Questionado sobre as escolhas da seleção brasileira para seus amistosos neste ano, o coordenador de seleções da CBF, Edu Gaspar, deu sua justificativa na madrugada desta terça-feira (18). Ele citou a dificuldade crescente de encontrar rivais de alto nível, revelou que algumas delas se negaram a enfrentar o Brasil e afirmou que, depois da Copa do Mundo disputada na Rússia, a seleção precisava "ser conservadora" na escolha de adversários.

"Todo esse estudo de seleções disponíveis nas datas, eles são feitos com antecedência. São feitos convites para todas, para jogar com os principais adversários possíveis. Mas muitos não querem jogar com a seleção brasileira. Muitas vezes, não foi o Peru que escolheu a Holanda, mas o contrário. E quando eu vou escolher uma seleção, muitas delas não querem enfrentar a seleção brasileira", explicou Edu Gaspar em participação no canal SporTV.

Há cerca de uma semana a seleção brasileira disputou seus primeiros amistosos pós-Copa do Mundo, contra Estados Unidos e El Salvador. Os próximos são contra Arábia Saudita e Argentina, respectivamente em 12 e 16 de outubro. O coordenador de seleções da CBF explica que a escolha de alguns adversários mais fracos é estratégica. 

"Quando enxergo o pós-Copa do Mundo, tenho que ser conservador, dentro no nosso conceito", começou Edu Gaspar. "Dos melhores colocados do ranking da Fifa até o 23º só há europeus e sul-americanos — só México e EUA estão no meio. Como diminuiu drasticamente os adversários europeus, nos sobra os sul-americanos, mas estes vamos ter na Copa América. Aí apareceram os Estados Unidos, que estão em renovação. No jogo seguinte, junto à comissão técnica, tivemos a estratégia de pegar uma seleção de menor porte, de menor porte, sim", admite.

Todo o problema seria a Liga das Nações, nova competição de seleções da Uefa. Como os europeus jogam entre si em todas as datas-Fifa, sobra menos adversários de alto nível para amistosos. "O conceito que temos continua: jogar contra grandes seleções e ter grandes enfrentamentos. Mas hoje temos uma dificuldade muito maior do que tínhamos antes da Copa do Mundo. Devido à Liga das Nações, o número de seleções à disposição para amistosos diminuiu drasticamente", argumenta.

Ele promete que, após o "salto de qualidade contra Arábia Saudita e Argentina" e "um outro salto de qualidade em novembro, com toda a certeza absoluta", a seleção brasileira deve enfrentar adversários europeus de primeira linha nas datas-Fifa em março. A próxima competição oficial é a Copa América, em junho.

Sylvinho é efetivado na seleção

Durante a entrevista, Edu Gaspar afirmou que o assistente técnico Sylvinho será membro fixo da comissão da seleção brasileira. O ex-lateral faz parte da equipe comandada por Tite desde julho de 2016, ainda antes da estreia do treinador na seleção, mas até então era considerado um profissional convidado.