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Ex-SP pôs Arthur no banco e esteve com Neymar no PSG, mas pena em Portugal

Gustavo Hebling concede entrevista coletiva no Portimonense Imagem: Divulgação/Portimonense

Marcus Alves

Colaboração para o UOL, de Lisboa (POR)

19/09/2018 04h00

Na última semana, a France Football, uma das principais revistas de futebol do mundo, fez uma reportagem sobre o controverso agente Mino Raiola, que cuida das carreiras de Pogba, Ibrahimovic, Balotelli e outros craques. Em um de seus trechos, quase que despercebido, é citado o nome do volante Gustavo Hebling como mostra da influência do empresário nos corredores do Paris Saint-Germain.

Em 2015, o jovem jogador de 22 anos, então um dos mais badalados da base do São Paulo, deixou Cotia após se recusar a assinar contrato e fechou com os franceses por cinco temporadas em negócio intermediado por Raiola.

Hebling chegou a pôr Arthur, do Barcelona, no banco nas seleções de base, mas nunca fez qualquer jogo pelo PSG. Ele esteve com os compatriotas Neymar e Marquinhos, teve a chance de curtir um pouco de seu glamour e ainda mantém laços com o clube parisiense, que o repassou em definitivo ao Portimonense, de Portugal, na última temporada.

Em seu primeiro ano, o ex-são-paulino não conseguiu, contudo, nenhum minuto na equipe que vinha da segunda divisão e, ao que tudo indica, deverá seguir com o seu ostracismo nesta temporada.

Ele foi deixado de lado no elenco principal e relegado para o grupo sub-23 do clube, que disputa o recém-criado campeonato da categoria, a Liga Revelação.

A sua estreia oficial pelo Portimonense, enfim, veio em agosto, na derrota de 3 a 1 para o Estoril, fora de casa, pela competição. Ele foi escalado como titular e ficou em campo até os 30 minutos do segundo tempo. Depois disso, não foi mais utilizado pelo técnico Luís Boa Morte, ex-Arsenal.

Sem ficar nem mesmo no banco de reservas nas quatro rodadas seguintes, Hebling provoca estranheza com a relação que conserva com o PSG. O negócio selado em linha direta com o ex-diretor Olivier Létang é motivo de contestação interna entre os franceses.

Em contato com a reportagem do UOL Esporte, Hebling confirmou que os atuais campeões da Ligue 1 são os responsáveis por pagar o seu salário em Portimão, na região paradisíaca do Algarve.

"Foi um acordo para não ocupar vaga de estrangeiro (no Parque dos Príncipes) e manter uma cláusula de recompra", explicou.

Agora vice-presidente do Portimonense, o ex-jogador Robson Ponte atribui a parceria a uma filosofia de trabalho do time para manter a sua folha salarial sob controle e, ainda assim, assegurar reforços com potencial.

"Não posso revelar o nosso orçamento, mas posso garantir que, se não for o menor, é um dos menores na Liga Portuguesa, com certeza. Ele não passa de 3 milhões de euros (R$ 14 milhões) anuais. O nosso custo reduzido é possível graças a esses protocolos que temos com outros times, que colaboram com parte dos vencimentos de atletas emprestados", afirmou.

No time sub-23 do Portimonense, Hebling tem a companhia de compatriotas ainda atrás de um lugar no mercado, casos de Pepê, ex-Flamengo, Felipe Dini, ex-Grêmio, e André Clóvis, ex-Inter.

Não é o futuro que se desenhava para ele na base do São Paulo ou mesmo quando embarcou sonhando em brilhar no novo rico PSG. Depois de quatro temporadas praticamente sem atuar, é o que restou para ensaiar um novo recomeço no futebol, no entanto.

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