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Prodígio do PSG teve pai melhor do mundo, mas foi treinado pela mãe

Timothy Weah joga como atacante, mesma posição de seu pai - Franck Fife/AFP
Timothy Weah joga como atacante, mesma posição de seu pai Imagem: Franck Fife/AFP

Do UOL, em São Paulo

19/09/2018 04h00

Timothy Weah é companheiro de Neymar no PSG. Seguiu os passos do pai, George, atual presidente da Libéria, ex-atacante e único africano a ser eleito o melhor do mundo. Mas não foi o pai quem o ajudou a se tornar jogador. Ele, na verdade, pouco fez. A responsabilidade por Timothy apostar no futebol foi da mãe, a jamaicana Clar. Desde pequeno, o garoto teve a mãe como sua treinadora e motivadora.

"Ela teve uma enorme influência sobre onde estou agora. Ela me ensinou o básico, me incentivou e foi minha primeira treinadora quando eu morava na Flórida. Foi lá que comecei realmente a jogar futebol", contou Timothy à agência "AP".

Timothy nasceu em fevereiro de 2000, em Nova York. Quando tinha três anos, seu pai se aposentou do futebol atuando pelo Al-Jazira, dos Emirados Árabes Unidos. George Weah, no entanto, logo decidiu se dedicar à carreira política, concorrendo à presidência da Libéria em 2005. Perdeu o pleito e passou mais tempo nos Estados Unidos estudando, mas logo voltou à África para outras eleições.

George Weah, ex-jogador que foi eleito presidente da Libéria - AFP PHOTO / Zoom DOSSO - AFP PHOTO / Zoom DOSSO
George Weah foi eleito o melhor jogador do mundo na temporada de 1995
Imagem: AFP PHOTO / Zoom DOSSO

Nesses anos em que ficou perto do pequeno Timothy, George Weah não queria saber muito de futebol. Quem diz isso é o próprio filho.

"Ele só dava algumas dicas de vez em quando. Era aquele pai que ficava na dele, descansando, relaxando e aproveitando o tempo que tinha", contou Timothy.

Mas o pouco que George Weah falou foi importante, assegura o filho. "Ele me deu algumas dicas muito boas, como, por exemplo, chutar cruzado para ter mais chance de fazer o gol. Ele também dizia para mudar drasticamente de direção, algo que ele fazia quando jogava".

George Weah defendeu três times franceses, um deles justamente o PSG. Timothy, por sua vez, chegou à base do clube de Paris depois de iniciar sua formação nos Estados Unidos. Ele assinou contrato profissional com o PSG em 2017, estreando neste ano. O jovem atacante diz que o pai famoso não interfere em sua rotina no clube.

"Os caras no PSG não querem saber o que meu pai fez. Eles só querem me ver dando certo e jogando, por isso que tudo funcionou aqui. Eu cheguei no meu canto e fiquei aprendendo, agora já me sinto um deles", comentou Timothy.

Este ano também foi marcante para o filho de George Weah no quesito seleção. Em março, estreou pela equipe principal dos Estados Unidos. Dois meses depois, diante da Bolívia, fez seu primeiro gol pelo país onde nasceu. Timothy é presença frequente nas convocações, para orgulho do pai e da mãe, sua primeira treinadora.