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Polícia conclui inquérito, vê fraude e eleição do Vasco pode ser anulada

Eleição do Vasco, segundo a Polícia Civil, teve fraude que beneficiou grupo de Eurico - Pedro Ivo Almeida/UOL
Eleição do Vasco, segundo a Polícia Civil, teve fraude que beneficiou grupo de Eurico Imagem: Pedro Ivo Almeida/UOL

Do UOL, no Rio de Janeiro (RJ)

20/09/2018 14h18

A eleição ocorrida em novembro do ano passado no Vasco da Gama pode ser anulada. Nesta quinta-feira, a Delegacia de Defraudações da Polícia Civil finalizou o inquérito sobre a votação e concluiu que houve irregularidade no pleito. A informação foi divulgada pela TV Globo e confirmada pela reportagem do UOL Esporte com a Polícia Civil do Rio de Janeiro.

“As investigações concluíram que houve irregularidades na captação de sócios e na inserção deles na urna 7, beneficiando a chapa denominada 'Reconstruindo o Vasco', liderada pelo então presidente Eurico Miranda”, disse a Polícia Civil, em pronunciamento escrito divulgado no início da tarde desta quinta.

“Um funcionário responsável pela inserção de sócios na base de dados do clube foi indiciado pelos crimes de estelionato e falsidade ideológica. O relatório foi entregue à Promotoria do Juizado Especial do Torcedor e dos Grandes Eventos, responsável por dar seguimento ao caso”, acrescenta a nota.

O documento sobre a conclusão da Polícia Civil agora se tornou parte anexada do processo que solicita a anulação da eleição no Vasco. O pedido tem como autor o advogado Alan Belaciano, ligado a Julio Brant, candidato derrotado por Eurico Miranda na segunda fase da eleição.

O inquérito finalizado pela Polícia Civil constatou casos em que as datas de admissão de alguns sócios foram alteradas em comparação com a verdadeira. Estes registros antecipados tornaram alguns sócios aptos a votar, e estes não registraram a escolha pela chapa de Eurico Miranda somente na urna 7, retirada da apuração por decisão da Justiça.

Sergio Murilo Paranhos de Andrade, responsável por este sistema dos sócios, acabou indiciado pelos crimes de estelionato e falsidade ideológica. O Vasco assegura que o funcionário está afastado desde maio deste ano.

Diante do avanço nas investigações, o Vasco também se manifestou por intermédio de uma nota oficial em que se coloca à disposição para seguir colaborando com as investigações.

“A atual Administração do clube vê com normalidade os avanços da investigação citada, defende de forma intransigente a ética e a transparência e apoia o trabalho dos órgãos policiais e da Justiça. O clube, como sempre, coloca-se à disposição das autoridades para colaborar no que for necessário e reafirma seu interesse em que os devidos esclarecimentos sejam dados à torcida e aos associados”, diz a manifestação vascaína.