Wagner cita descaso, lista atrasos e diz que diretor o chamou de velho
A polêmica saída de Wagner ainda repercute. Nesta sexta-feira, após estrear pelo Ak-Khor, do Qatar, o jogador revelou bastidores dos seus últimos dias com a camisa do Vasco. Segundo o apoiador, ele se reuniu com o presidente Alexandre Campello com o objetivo de cobrar tudo o que tinha para receber.
Além disso, uma renovação contratual estava em pauta. Dias depois da reunião, o Vasco respondeu através do diretor executivo Alexandre Faria. Propôs salário bem inferior ao que era negociado e justificou a oferta. Ao fazer isso, classificou Wagner como “velho e ultrapassado”.
Atendendo a pedido de Wagner, a Justiça do Trabalho determinou a rescisão do contrato do jogador com o Vasco no último dia 11. O meia apresentou como argumento falta de recolhimento de seu FGTS do momento que se apresentou ao clube, em janeiro de 2017, até agosto deste ano.
Além disso, Wagner havia apresentado a proposta do Al-Khor para pedir agilidade no processo. Aos 33 anos, o meia era o quinto com mais partidas disputadas na temporada entre os jogadores do Vasco, tendo feito 39 jogos e seis gols.
Após a rescisão, o Vasco emitiu nota informando que havia feito acordo para o pagamento do FGTS atrasado antes da recisão de Wagner. Por isso, o clube ainda pode recorrer contra a rescisão.
Veja a nota oficial emitida por Wagner:
Wagner estreiou ontem empatando em 0X0 e soltou a seguinte a nota:
Através desta, venho relatar todos os fatos verdadeiros sobre minha saída do CRVG.
No último dia 4 do mês corrente, após o jantar no hotel onde que estávamos concentrados, acompanhado de meu Advogado, Dr. Vantuil, procurei o Presidente Alexandre Campello, com objetivo de tentar tratar pela primeira vez das pendências financeiras do clube para comigo e assim, viabilizar a melhor alternativa para o assunto, e posteriormente conseguir definir meu futuro profissional. Na ocasião, o Presidente Alexandre Campello se recusou a me receber juntamente com meu Advogado e recebeu somente a mim, em sala reservada no local, onde conversamos aproximadamente por 30 minutos, e saímos alinhados com o compromisso de receber um retorno por sua parte, a respeito da conversa inicial, até o horário almoço do dia seguinte (dia 5 do corrente) e assim, juntos equacionaríamos todas as pendências ou seguiríamos caminhos diferentes.
É muito importante citar que nas tratativas sobre meu futuro, em momento algum, o CRVG aceitou minha proposta de renovação, muito pelo contrário, chegou até a mim, uma contra proposta de 70 % abaixo do solicitado e segundo,o diretor executivo do clube, Alexandre Faria, tal proposta era por eu ser um atleta velho e ultrapassado, que talvez não serviria mais para o clube.
Desta forma, e com todo descaso e falta de respeito que essa atual gestão do CRVG demonstra e sem retorno algum do até então mandatário Alexandre Campello, não tive outra alternativa, senão requerer meus direitos de trabalhador junto à justiça trabalho do RJ, pensando em meu futuro profissional e de minha família, solicitei a quebra do vínculo contratual existente com o CRVG e consequente, liberação, requererendo imediato vínculo com nova equipe, atestando todos os débitos pendentes até a presente data:
-13o salário 2017;
-17 parcelas FGTS anos 2017 e 2018;
-4 meses salários CLT;
-5 meses salários imagem;
- Luvas: Nenhuma parcela paga desde a data de minha chegada ao clube até a presente data.
Com o deferimento do pedido judicial realizado, desde ontem, já sou oficialmente atleta do AL KHOR CLUB – CATAR. Me despeço do CRVG, em busca de um novo desafio profissional juntamente com minha família, agradecendo a instituição, a sua apaixonada torcida, a todos os treinadores e companheiros, que sempre me apoiaram em todos os momentos, lutando a cada dia. Só nós atletas, sabemos o que fizemos dentro e fora do campo, cuidando até dos funcionários e familiares, cuja responsabilidade é do clube.
Do fundo do meu coração desejo que novos dias de vitórias possam chegar e com isso, contribua para os caminhos sérios e decisões corretas, sérias, com respeito a todos profissionais de todas as aéreas e funções, sem qualquer exceção.
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