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Santos projeta economia de R$ 300 mil mensais com 17 demissões

Lista de demissões é mais um capítulo das "brigas" entre presidente e vice do Santos - Pedro Ernesto Guerra Azevedo/Santos FC
Lista de demissões é mais um capítulo das "brigas" entre presidente e vice do Santos Imagem: Pedro Ernesto Guerra Azevedo/Santos FC

Samir Carvalho

Do UOL, em Santos (SP)

09/10/2018 04h00

O Santos espera anunciar nesta semana a polêmica lista de demissão que contém 17 funcionários. Segundo apurou o UOL Esporte, o clube paulista projeta uma economia de R$ 3,6 milhões por ano - ou R$ 300 mil mensais - com o corte.

A lista gera bastante polêmica, pois opositores do presidente José Carlos Peres alegam que se trata de uma espécie de "represália política". Para eles, o dirigente desconfia que alguns envolvidos eram favoráveis ao impeachment, vetado em assembleia geral dos sócios no último mês. 

A cúpula de Peres alega que a lista de demissões faz parte de uma reformulação no quadro de funcionários, além do desejo pela economia de R$ 300 mil mensais.

Outra polêmica é que o corte foi aprovado pela diretoria santista, mas não pôde ser executado porque o vice Orlando Rollo contestou o modelo de votação. Isso porque a votação ocorreu em um grupo de Whatsapp, mas só pode ser feita em reunião presencial.

Já cúpula de Peres ressalta que as votações sempre foram feitas por Whatsapp. Em um colegiado de cinco dirigentes, quatro foram favoráveis ao corte de funcionários.

O listão de Peres inclui assistentes administrativos, um assessor executivo do vice-presidente, um gerente executivo administrativo, um motorista e um ortopedista, entre outros – boa parte ligada a Rollo.

"A lista não tem critérios. Sou favorável à reestruturação do clube, mas não dessa maneira, sem individualização", disse Rollo, em entrevista ao UOL Esporte.

O atual vice-presidente do Santos confirmou a saída do grupo de Whatsapp e defendeu que todas ações sejam definidas por meio de reuniões presenciais, e não via celular.

"Eu saí porque tudo que é decidido lá não é cumprido de fato. Seria uma importante ferramenta tecnológica, mas infelizmente mal utilizada. Portanto, vou participar apenas das reuniões presenciais, como determina o estatuto", acrescentou o vice-presidente.

Rollo não pensa em renunciar ao cargo. Após a votação do impeachment, Peres deixou claro que não pretendia mais contar com o desafeto na administração do clube.