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Inter marca julgamento de dirigentes acusados de gestão temerária

Vitório Piffero é um dos citados em relatório de comissão especial do Inter - Jeremias Wernek/UOL
Vitório Piffero é um dos citados em relatório de comissão especial do Inter Imagem: Jeremias Wernek/UOL

Jeremias Wernek

Do UOL, em Porto Alegre

12/10/2018 10h34

O Conselho Deliberativo do Internacional marcou data para julgamento de inelegibilidade de 10 anos aos dirigentes da gestão 2015/2016. A sessão extraordinária acontecerá no próximo dia 24, às 19h30 (Brasília) e terá votação nominal após espaço para defesa dos citados em relatório produzido pela comissão especial que analisou gestão temerária e mau uso de recursos do clube.

Vitório Piffero, presidente no período, e mais três vice-presidentes são os julgados.

Um dia após o término do prazo para os citados entregarem defesa por escrito, a mesa do Conselho Deliberativo emitiu convocação aos conselheiros e também remeteu os textos recebidos dos dirigentes da gestão de Piffero.

No fim de setembro, a comissão especial entregou relatório de 83 páginas onde lista 14 pontos que sustentam acusação de gestão temerária e mau uso de receitas do clube.

Em defesa apresentada, Emídio Ferreira, vice de patrimônio do Inter entre 2015 e 2016, nega que tenha realizado adiantamentos financeiros. Também rechaça ligação com sócio de empresa contratada para realização de obras em instalações do clube gaúcho - intervenções que a comissão especial afirma não ter encontrado.

Já a defesa de Alexandre Limeira contesta item que versa sobre gastos com cartão corporativo. Vice de administração na gestão Vitório Piffero, no biênio 2015 e 2016, ele solicitou reprodução de testemunhos em vídeo de dirigentes do período quando da sessão para julgamento do caso.

Pedro Affatato, vice de finanças do Internacional no período analisado, contestou a competência da comissão, previsão estatutária de apuração de responsabilidade e também reclamou cerceamento de defesa no processo.

Vitório Piffero, presidente nos anos de 2015 e 2016, abriu documento de defesa criticando processo de apuração dos fatos e pediu acesso completo aos itens que sustentaram o relatório da comissão especial. O ex-dirigente também requeriu 60 minutos para sustentação oral na sessão do Conselho Deliberativo e mais o depoimento de até 10 testemunhas.