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Sem reposição à altura de Róger Guedes, Atlético-MG sofre queda em 2018

Roger Guedes comemora um de seus gols pelo Atlético-MG no Brasileirão - Pedro Vale/AGIF
Roger Guedes comemora um de seus gols pelo Atlético-MG no Brasileirão Imagem: Pedro Vale/AGIF

Thiago Fernandes

Do UOL, em Belo Horizonte

12/10/2018 04h00

A saída de Róger Guedes culminou na queda de rendimento do Atlético-MG no Campeonato Brasileiro. Desde a venda do atacante para o Shandong Luneng, da China, o aproveitamento caiu, assim como o número de gols. As baixas fizeram o Galo se distanciar dos líderes da competição nacional.

Negociado para o futebol chinês em agosto, o jogador, que pertencia ao Palmeiras e estava em Belo Horizonte por empréstimo, era o artilheiro do Brasileirão à época com nove gols. Também já havia registrado três assistências. Sua participação ofensiva foi crucial para levar a equipe ao topo da tabela. Até jogo de despedida de Guedes - a vitória sobre o Ceará por 2 a 1, pela 12ª rodada do -, os comandados de Thiago Larghi ocupavam a segunda colocação, com 23 pontos.

De lá para cá, a escalação da equipe foi alterada, e Yimmi Chará, adquirido por US$ 6 milhões (R$ 22,2 milhões à época) se tornou o titular em sua posição. Sem a mesma ação ofensiva - são quatro assistências e um gol em 14 jogos -, o colombiano não conseguiu suprir a ausência do antigo camisa 23. Hoje, na 28ª rodada, o Galo é o sexto colocado, com 45 pontos.

A queda na classificação ilustra o que tem acontecido em campo desde a saída do jogador, que rendeu 2,5 milhões de euros (R$ 10,9 milhões na cotação atual) aos cofres dos mineiros.

O aproveitamento é inferior ao conseguido na primeira parte da competição. Com Róger Guedes ao lado de Ricardo Oliveira no ataque, o time de Belo Horizonte obteve 63,9% de aproveitamento em 12 jogos. Foram sete triunfos, dois empates e três derrotas. Em compensação, desde a saída do atacante, o rendimento caiu para 45,8% em 16 partidas. São seis vitórias, quatro igualdades e seis reveses.

Até o setor ofensivo da equipe comandada por Larghi caiu de rendimento sem o atacante de 21 anos em campo. Com Róger Guedes, foram 24 gols marcados, uma média de dois por confronto. Sem ele, 23 bolas na rede, e a média despencou para 1,43 por duelo.

Embora Chará seja o atleta com mais respaldo para atuar na posição de Róger Guedes, o diretor de futebol Alexandre Gallo buscou outros nomes para a função durante a paralisação do calendário brasileiro para a Copa do Mundo.

Chegaram quatro jogadores, além de Chará, para preencher a lacuna deixada por Guedes. David Terans, Edinho, Nathan e Leandrinho podem jogar na mesma função. Tomás Andrade, contratado em fevereiro passado, também tem atuado no setor. O argentino, inclusive, deve substituir Yimmi Chará no jogo contra o América-MG, uma vez que o gringo foi convocado para a seleção colombiana para esta data Fifa.