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Vasco exige documentações, e negociações com patrocínio emperram

Exigência da diretoria vascaína emperra no momento contrato com JJ Invest - Bruno Braz/UOL Esporte
Exigência da diretoria vascaína emperra no momento contrato com JJ Invest Imagem: Bruno Braz/UOL Esporte

Bruno Braz

Do UOL, no Rio de Janeiro

17/10/2018 10h57

Já dada como certa, a negociação com a "JJ Invest" para um patrocínio em uma das propriedades da camisa do Vasco emperrou. Ciente de alguns problemas legais que a empresa sofreu ano passado, o clube exigiu documentações que comprovassem sua regularização junto ao mercado financeiro, algo que ainda não foi apresentado à diretoria e que inviabiliza, até o momento, a assinatura do contrato. A informação foi dada pelo perfil de Twitter "Bastidores da Colina" e confirmada pelo UOL Esporte.

A proposta de parceria chegou por intermédio do departamento de marketing, mas foram os setores de finanças e controladoria que fizeram uma análise mais minuciosa e, por segurança, sugeriram uma comprovação da regularidade da empresa de investimentos.

CVM puniu a "JJ Invest" em 2017 por atividades irregulares - Divulgação / CVM - Divulgação / CVM
CVM puniu a "JJ Invest" em 2017 por atividades irregulares
Imagem: Divulgação / CVM

Nesta terça-feira (16), a coluna De Primeira, do UOL Esporte, já havia destacado que a JJ Invest havia sido punida ano passado pelo CMV (Comissão de Valores Mobiliários). De acordo com a deliberação nº 778, do dia 21 de agosto de 2017, assinada pelo presidente interino do órgão fiscalizador, Pablo Waldemar Renteria, a empresa e seu CEO, Jonas Spritzer Amar Jaimovick, estavam oferecendo - por intermédio do site oficial - serviços de administração e de consultoria de carteiras de valores mobiliários, algo que não tinham autorização. A CVM, então, estipulou uma multa diária de R$ 5 mil caso as atividades continuassem sendo executadas.

O site da empresa está atualmente fora do ar e a reportagem não conseguiu entrar em contrato com Jonas Jaimovick.

A JJ Invest – que negocia para estampar sua marca na camisa vascaína entre o escudo e o fornecedor de material – tem se tornado uma espécie de “mecenas” do futebol carioca, tendo acertado patrocínios também para os clubes América, Americano, Bonsucesso, Goytacaz, Macaé, Tigres, entre outros.

Este ano o Vasco já havia acertado com uma empresa com problemas legais. Trata-se da refinaria de petróleo Refit, antiga Refinaria de Manguinhos, que trocou logo e identidade para se afastar do passado de escândalos e execuções judiciais.

Com Eurico, Vasco fechou "patrocínio fantasma"

Em seus últimos atos como presidente do Vasco, Eurico Miranda, no fim do ano passado, anunciou com toda pompa um patrocínio master na ordem de R$ 18 milhões com a empresa farmacêutica "Lasa", com o primeiro pagamento acontecendo no ato na casa de R$ 10 milhões. 

Tendo sofrido um calote e após o sumiço dos representantes da até então futura patrocinadora, o clube resolveu rescindir o contrato posteriormente e acionar a Lasa na Justiça.

Na ocasião, o UOL Esporte fez um levantamento minucioso levantando os graves problemas judiciais que a empresa enfrentava. Clique aqui e confira.