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Meia na Ucrânia, Sidcley mantém ligação ao Corinthians após breve passagem

Diego Salgado

Do UOL, em São Paulo

06/11/2018 12h00

Chegada e partida abruptas, apenas 27 partidas e a conquista do Paulistão como titular. Foram esses os ingredientes da passagem-relâmpado do lateral esquerdo Sidcley pelo Corinthians. Exatos quatro meses depois de acertar com o Dínamo de Kiev, o jogador de 25 anos, que assumiu a titularidade da equipe ucraniana nos últimos jogos, admite que se mantém ligado ao clube paulista por meio de Jadson, Pedrinho, Clayson e as redes sociais.

Segundo Sidcley, os antigos companheiros ainda mantêm contato constante mesmo após apenas os pouco mais de quatro meses de convivência no clube paulista. Além disso, o atleta costuma assistir às partidas do Corinthians quando é possível - na final da Copa do Brasil, por exemplo, nem o fuso horário impediu que o jogador acompanhasse os lances.

"Tenho muitos amigos lá e torço por eles porque me abraçaram quando cheguei. Foi pouco tempo, mas foi marcante, com muita emoção, chegando na reta final do Paulista. Os mais experientes me abraçaram também. Foi mais fácil, parecia que estava lá há anos", ressaltou Sidcley ao UOL Esporte.

Sidcley ainda falou sobre o período de adaptação ao futebol europeu e a posição de meio-campista que voltou a desempenhar no Dínamo de Kiev, tal qual experimentou quando era jogador do Atlético-PR. Na Ucrânia, ainda ganhou a chance de atuar nos últimos cinco jogos, três deles como titular, incluindo uma vitória por 2 a 1 sobre o Rennes pela Liga Europa.

Sidcley  - Luis Robayo/AFP - Luis Robayo/AFP
Sidcley deixou o Corinthians rumo à Ucrânia depois de 27 partidas e três gols marcados
Imagem: Luis Robayo/AFP

"Aqui tem mais corpo a corpo, mais correria, mais obediência tática. É preciso mais força. No Brasil é mais técnico. Estou me adaptando o mais rápido possível, até para falar com os outros jogadores do time", explicou Sidcley, que tem as companhias e a ajuda dos brasileiros Tchê Tchê e Vitor Bueno para superar essa etapa.

Parte do desmanche

Sidcley deixou o Corinthians no começo de julho, depois de uma negociação entre Atlético-PR e Dínamo de Kiev. O Corinthians, que havia contratado o jogador por empréstimo em fevereiro, ficou com 10% do valor da transação, que ficou na casa dos 4 milhões de euros (R$ 18,6 milhões na cotação da época).

Além dele, Balbuena, Rodriguinho e Maycon também deixaram o clube, no segundo desmanche corintiano em apenas seis meses. O zagueiro acertou com o West Ham, da Inglaterra, enquanto o meia se transferiu ao Pyramids, do Egito, e volante, ao Shahktar Donetsk - ambos se enfrentaram no último fim de semana (o Dínamo perdeu por 2 a 1, com paricipação de Sidcley no gol).

"Foi tudo muito rápido para todos, conversei em um dia e aconteceu isso em seguida. Sei que é difícil para o torcedor, mas ninguém escolhe sair do time porque está ruim. São etapas. Futebol é assim e tem de aproveitar o momento e seguir em frente, sempre sair pela porta da frente sem fazer mal a ninguém', disse.

Titular do time de Fábio Carille desde a chegada, Sidcley atuou como lateral esquerdo nos 27 jogos que disputou no Corinthians. Conhecido pela força ofensiva, o jogador também credita ao treinador corintiano a fase estável na parte defensiva.

"Ele trabalhava do mesmo jeito do Paulo Autuori. Quando eu comecei eu era meia, mas foi passando o tempo e virei lateral. Comecei com o Paulo. Aprendi a jogar na linha de quatro", disse o jogador, que na Ucrânia tem atuado de meia esquerda.