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Juninho telefonou à família de Daniel com celular de homem morto em 2016

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Imagem: Reprodução

Felipe Pereira

Do UOL, em São Paulo

11/11/2018 16h48

Edison Brittes Júnior, principal suspeito pelo assassinato do jogador Daniel Corrêa, ligou para a família da vítima para prestar condolências usando um número de celular que pertencia a um homem morto a tiros de fuzil e pistola em 2016. A informação foi revelada pelo promotor João Milton Sales ao G1 e confirmada pelo Ministério Público.

O órgão informou que, durante as investigações, a Polícia Civil verificou a origem do número usado por Juninho Riqueza, apelido de Edison, para contatar familiares de Daniel dias após o homicídio e prestar condolências. O rastreamento levou a um chip que era de um homem envolvido com receptação de produtos roubados.

Por causa desta ligação com o crime, o homem foi assassinado no ano de 2016 em São José dos Pinhais, mesma cidade em que Daniel foi morto. A identidade dele não foi relevada pelo Ministério Público. A assessoria de imprensa da Polícia Civil do Paraná preferiu não se manifestar sobre o assunto.

Moto de traficante - Reprodução/Instagram - Reprodução/Instagram
Imagem: Reprodução/Instagram

Esta não é a única vinculação de Edison com receptação. Ele foi flagrado dirigindo um Hyndai Sonata em 2015 que tinha registro de roubo em Porto Alegre no ano anterior. Os investigadores inspecionaram o chassis e comprovaram que havia alteração.

Em outro caso, a moto que ele usava estava registrada no nome de um traficante de drogas da região metropolitana de Curitiba. Os documentos apontavam que o veículo pertence a Celso Alexandre Pacheco de Quevedo, condenado a 43 anos de prisão por comércio de entorpecente. Juninho Riqueza e a mulher dele postaram fotos nas redes sociais com a moto que pode atingir 300km/h.

A Polícia Civil informou que está próxima de concluir o inquérito policial. O delegado responsável pelas investigações, Amadeu Trevisan, sinalizou que vai indiciar seis pessoas por homicídio qualificado, entre elas Edison, a mulher, Cristiana Brittes, e a filha, Allana Brites.

Os outros suspeitos são dois amigos dos tempos de escola da filha, que teriam participado da sessão de espancamento de Daniel, e um primo de Cristiana - que teria agredido a vítima e participado da tentativa de degolamento e ajudado a arrancar o órgão sexual do jogador.