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Flamengo encara "maldição pós-Bruno", e busca por goleiro vira prioridade

Do UOL, no Rio de Janeiro

14/11/2018 04h00

O imbróglio envolvendo Diego Alves é mais uma dificuldade que o Flamengo enfrenta com jogadores da função nos últimos oito anos. Sem o camisa 1, que foi contratado na expectativa de que se resolvessem os problemas da posição, o Rubro-negro apostou em César. A evolução do ex-reserva ficou nítida desde o ano passado, mas não o suficiente para que ele assumisse de vez a posição. Por isso, o clube vai ao mercado atrás de um novo goleiro para 2019.

É claro que todo o processo está atrelado ao pleito presidencial de 8 de dezembro. No entanto, como situação e oposição desejam fazer do "caso Diego Alves" um exemplo, será necessário contratar um jogador que, enfim, consiga virar unanimidade no Flamengo, algo que não acontece desde Bruno, condenado pelo assassinato de Eliza Samudio e preso em 7 de julho de 2010.

Cesar comemora gol do Flamengo sobre o Fluminense no Maracanã - Thiago Ribeiro/AGIF - Thiago Ribeiro/AGIF
César é bem visto no Fla, mas ainda esbarra em exigências para assumir a titularidade
Imagem: Thiago Ribeiro/AGIF

César, desta forma, permaneceria no elenco como reserva imediato. A falha na derrota para o Botafogo, quando o goleiro aceitou uma cobrança de falta lateral de Leo Valencia, não foi responsável pela decisão, mas apenas deu aos cartolas a certeza de que o Rubro-negro precisará de um nome de peso para exorcizar os fantasmas da posição.

Diego Alves foi contratado exatamente para isso após os seguidos traumas vividos pela torcida com Alex Muralha. A atuação na decisão da Copa do Brasil de 2017 contra o Cruzeiro, quando pulou todas as cobranças de pênaltis para o lado direito, foi sintomática.

Naquela época, Diego Alves já estava no elenco, mas não atuou em razão de ter sido contratado após o encerramento das inscrições. A chegada do ex-goleiro do Valencia, inclusive, foi por conta de uma campanha da torcida nas redes sociais. Até por isso, a decepção dos rubro-negros com o goleiro é maior pelos recentes episódios relatados de indisciplina.

Antes de Diego Alves, César e Muralha, outros quatro defenderam o Flamengo: Marcelo Lomba, Felipe, Paulo Victor e Thiago. Foi Felipe quem teve mais sucesso, mas longe de preencher a lacuna deixada pelo capitão e campeão brasileiro em 2009.

Todas as diretorias que passaram pelo Flamengo desde a prisão de Bruno evitaram comentar o caso. Mas, internamente, encontrar um goleiro que virasse referência para a torcida sempre foi desafio admitido. A questão estava fora de pauta, mas retornou justamente por meio de quem era a maior aposta para resolvê-la: Diego Alves. Em 2019, o Rubro-negro tentará novamente obter sucesso na posição.