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Em baixa, Fred admite frustração no United e entende ausência na seleção

Laurence Griffiths/Getty Images
Imagem: Laurence Griffiths/Getty Images

Caio Carrieri

Colaboração para o UOL, em Manchester (ING)

28/11/2018 04h00

Depois de não jogar um minuto sequer na Copa do Mundo por lesão, o início de Fred no Manchester United também é árduo. A falta de espaço com José Mourinho já ecoa na seleção brasileira. Tite não o convocou para os últimos amistosos, diante de Uruguai e Camarões, ambos disputados na Inglaterra neste mês, e o meio-campista amargou a primeira ausência na lista do treinador nacional desde o Mundial da Rússia.

Contratado do Shakhtar Donetsk-URC em junho por R$ 240 milhões, Fred não atuou em quase metade da contestada temporada do United, que ocupa apenas a sétima posição na Premier League, atrás até do Everton, sexto colocado. De 19 partidas disputadas até agora, ele foi preterido por Mourinho em nove, incluindo os clássicos com o Manchester City e o Chelsea pelo Campeonato Inglês e os embates com Juventus e Valencia pela Liga dos Campeões. 

Na última terça-feira (27), Fred voltou à equipe titular na vitória por 1 a 0 sobre o Young Boys, no Old Trafford, pelo torneio europeu, após três duelos sem sair do banco de reservas. A atuação regular não foi suficiente para o técnico português deixá-lo completar os 90 minutos, o que aconteceu em apenas três das suas dez apresentações. Substituído aos 19 minutos do segundo tempo, ele assistiu do banco ao gol de Marouane Fellaini.

“É um começo um pouco difícil, não venho jogando tanto. No Shakhtar eu tinha uma sequência grande de jogos, aqui ela é menor. É normal, um processo de adaptação a um campeonato diferente. Apesar de eu já estar na Europa antes, é um país diferente. Hoje me vejo bem melhor e espero que daqui a pouco meu futebol já esteja 100%”, disse. “O treinador tem optado por não me colocar, é escolha dele. Continuo fazendo o meu trabalho com a cabeça boa, não posso deixar isso me abalar”, prosseguiu depois do triunfo que classificou o United às oitavas de final da Liga dos Campeões.

“Tive uma grande performance contra o Young Boys. Tivemos a oportunidade de marcar antes, mas o gol saiu só no final. Estou muito feliz por ter voltado a campo e espero continuar jogando cada dia mais”.

Apesar da frustração inicial no contexto geral no clube e na seleção, o meio-campista de 25 anos afirma entender por que Tite o deixou fora da última convocação.

“Tenho jogado pouco no clube e é normal o professor Tite não conseguir me avaliar, apesar de eu já ter trabalhado bastante com ele”, ponderou. “Claro que fiquei chateado, mas tenho de saber lidar com as tristezas também para poder me ajudar a dar um passo adiante. Continuo focado no meu trabalho e espero estar de volta à seleção em breve para poder estar na Copa América”.