Pesquisa polêmica vira caso de polícia em eleição do Flamengo
A disputa entre situação e oposição virou caso de polícia a 10 dias da eleição do Flamengo. O candidato opositor Rodolfo Landim entrará com processos criminais e cíveis contra integrantes do grupo político da situação SóFla (Sócios Pelo Flamengo). Análise policial confirmou que uma pesquisa polêmica, além de postagens em redes sociais e mensagens de texto contra o candidato, tiveram origem em integrantes do grupo.
Tudo começou na semana passada, quando uma pesquisa foi disparada para os sócios do clube com questionamentos incomuns. A conta de e-mail enqueteflamengo@gmail.com, que enviou as perguntas, já havia sido usada para conhecer os votos dos associados nos conselhos do clube. A repercussão do caso, no entanto, fez com que o usuário a excluísse.
Entre os tópicos que não mencionaram diretamente Rodolfo Landim um questionava se o sócio votaria em um candidato caso houvesse risco de ter o nome relacionado à Operação Lava Jato. Além disso, os trabalhos da atual gestão foram exaltados em diversos pontos da pesquisa, principalmente marketing e patrimônio.

A partir daí, outras ações em redes sociais e aplicativos de mensagens foram descobertas, o que motivou o candidato a levar o caso à Justiça. Ao Globoesporte.com, Butter admitiu a autoria da pesquisa.
"Não vou negar. Sou do grupo SóFla, mas não foi uma ação do grupo. Foi minha. Mandei a pesquisa para conhecer a base de eleitores do Flamengo. Não citei e nem caluniei nenhum candidato", afirmou.
Ao UOL Esporte, Rodolfo Landim lamentou a ação e explicou o que será feito pela oposição a partir de agora.
"Esses ataques são lamentáveis. Foram desmentidos em uma nota e confirmamos a origem através de análise policial. Tudo realmente veio de uma pessoa que faz parte da executiva do SóFla. Temos as provas documentadas. Daremos andamento aos processos criminais e cíveis. Isso precisa parar de acontecer até por uma questão de aprendizado da vida. É um processo educativo mesmo", comentou.
"As pessoas precisam entender que não podem fazer isso impunemente. Não foi só o Arthur Butter. Existem outras pessoas envolvidas no processo e já identificadas. Algumas até conversam, dizem que se arrependem, pedem desculpas, mas continuam agindo. Isso é mais feio ainda", completou.

"Assim como a nossa chapa, eu também não participei da produção da pesquisa e tampouco fui informado da mesma. Jamais concordaria com o conteúdo disponibilizado e sempre fui frontalmente contra ataques pessoais no processo eleitoral. Atos isolados não podem manchar a conduta da nossa Chapa Rosa, que sempre buscou um diálogo franco e correto", encerrou.
No dia 8 de dezembro, os associados do Flamengo irão às urnas para escolher o presidente no triênio 2019-2020-2021. Ricardo Lomba (Chapa Rosa - Avança Mais, Flamengo), Rodolfo Landim (Chapa Roxa - Unidos pelo Flamengo), Marcelo Vargas (Chapa Branca - Fla Tradição e Juventude) e José Carlos Peruano (Chapa Amarela - Coração Valente) disputam um pleito marcado por polêmicas e que virou até caso de polícia.
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