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Clayson é xingado por funcionário em aeroporto e mulher reclama de clubismo

Brunno Carvalho

Do UOL, em São Paulo

05/12/2018 10h40Atualizada em 05/12/2018 18h42

O atacante Clayson se envolveu em uma discussão no Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP), durante embarque para Natal (RN) onde passará férias. Em relato feito no Instagram, a mulher do jogador do Corinthians, Amabile Araújo, afirmou que um funcionário da Latam Airlines desrespeitou ele e a família e chegou a chamá-lo de "jogadorzinho".

Na mesma rede social, a mulher do jogador postou um vídeo em que o funcionário xinga Clayson com vários palavrões. Não é possível saber, no entanto, o que teria acontecido antes.

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Em seu relato, Amabile diz que ela e sua família chegaram no guichê da Latam às 20h (de Brasília) da última terça-feira e o voo estava previsto para as 21h. Quando faltava apenas a documentação dela, o embarque foi fechado.

Ainda de acordo com Amabile, um funcionário foi chamado e reconheceu Clayson, o chamando pelo nome e afirmando que ele teria que viajar em outro avião. Durante a conversa, o funcionário teria dito "jogadorzinho, abaixa a bola".

No Instagram, Amabile reclamou de clubismo. "Se isso não é clubismo, eu não sei o que é. Uma família, seja ela de jogador, de qualquer profissão, merece ser respeitada por qualquer profissional que esteja exercendo sua função", escreveu.

Na tarde desta quarta-feira (5), a Latam anunciou a demissão do funcionário. A empresa, no entanto, não revelou a identidade dele. 

Confira o relato de Amabile Araújo nas redes sociais:

Nunca na minha vida passei por um constrangimento e falta de respeito tão grandes com a minha família inteira por causa de clubismo de um profissional da Companhia Aérea Latam Airlines. Nosso primeiro dia de férias com voo marcado para Natal, às 21h. Chegamos no guichê às 20h. A atendente pegou todas as documentações, cujo a do meu irmão (filho, guarda provisória) foi a primeira que ela olhou. Começou a imprimir as passagens.

Imprimiu Gabriel, avó Adélia, Clayson, faltava a minha... Fechou o embarque e a atendente chamou um cara, que não sei o que se refere esse profissional, relatou que faltava a minha. Ele olhou para a nossa família e reconheceu meu marido, o Clayson, jogador. Perguntou se precisava despachar malas, meu marido disse quer sim. Ele, logo em seguida, muito rápido: "Clayson, você vai ter que ir no das 11h". (Sem ver as passagens, ele já sabia o nome).

Questionamos e ele, sem argumento para nos dar, disse que não daria para despachar as malas. Mas já estávamos com as passagens. Só faltava a minha.

Até que o funcionário da Latam, sem argumentos do porquê do enrosco, não nos deixou embarcar. Disse que a documentação não era necessária do meu irmão. Sendo que foi a primeira coisa que a atendente viu. Foi a primeira passagem que ela imprimiu. Então o Clayson questionou isso e o profissional soltou: "jogadorzinho, abaixa a bola". Espera aí, quem falou que ele era jogador? Estávamos falando sobre a documentação. Clubismo!!

O profissional da Latam virou as costas e disse que não iríamos embarcar. Eram 8h25 e nosso voo era às 9h. Chamou uma supervisora para ver a documentação, que ela falava que estava errada, que era para ver com os advogados. Ela voltou e tudo certo.

Então, a minha avó com os nossos amigos que chegaram junto, no mesmo horário, embarcaram e nós não. Por uma falta de profissionalismo de um atendente que talvez não torcesse para o time do Clayson. O próprio profissional se referiu a ele como "jogadorzinho".

Questionamos a supervisora, sobre mala, sobre tudo e o que eles disseram? 'O que vamos fazer é colocar vocês no próximo voo'.

Eu programei minhas férias, a primeira viagem de avião da minha avó, a minha viagem em família, e cheguei no momento certo, minha documentação estava correta e eu não pude viajar porque um funcionário não foi com a cara do meu marido?

Ele mexeu com crianças, ele mexeu com a minha família. Ele complicou nossa ida ao destino por causa de quê? Se isso não é clubismo, não sei o que é. Uma família, seja ela de jogador, de qualquer profissão, merece ser respeitada por qualquer profissional que esteja exercendo sua função

Isso prejudicou minha família, ouçam minha filha gritando, eu correndo, cena horrível. Que mundo é esse. Merecemos respeito.

Confira o posicionamento oficial da Latam:

A LATAM Airlines Brasil reforça que repudia veementemente qualquer tipo de ofensa e qualquer comportamento que contrarie o respeito não reflete os valores e os princípios da empresa.

A empresa esclarece que seus colaboradores são capacitados para manter a calma e prestar o melhor atendimento aos nossos passageiros e lamentamos que isso não tenha ocorrido na ocasião.

A companhia tomou as medidas cabíveis ao caso, com o desligamento do funcionário, uma vez que seu comportamento contrariou as normas de conduta da companhia e a maneira que a empresa preza pelo atendimento de seus clientes.