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São Paulo não tratará zaga como prioridade mesmo se perder Rodrigo Caio

Rodrigo em treino do São Paulo; zagueiro terminou a temporada no elenco profissional - Erico Leonan/saopaulofc.net
Rodrigo em treino do São Paulo; zagueiro terminou a temporada no elenco profissional Imagem: Erico Leonan/saopaulofc.net

Bruno Grossi

Do UOL, em São Paulo

07/12/2018 04h00

O São Paulo promete atuação intensa no mercado para deixar o elenco mais forte e numeroso em 2019, principalmente por voltar a disputar a Libertadores. Mas essa busca por contratações, a princípio, não deve passar pela zaga. Nem mesmo se Rodrigo Caio for negociado, como é imaginado pelos dirigentes e pelo próprio jogador.

MERCADO DA BOLA:
- São Paulo fecha com Léo Pelé até 2022
- Igor Vinicius é reforço por empréstimo
- Tricolor estuda tirar Arão do Flamengo

A análise do departamento de futebol é de que o setor está bem servido e foi um dos mais regulares deste ano. Bruno Alves, Robert Arboleda e Anderson Martins conseguiram apresentar bom nível, ainda que o último tenha oscilado mais no fim da temporada, e encerraram uma hegemonia de Rodrigo Caio que durava desde 2015.

Com três potenciais titulares, não seria necessário investir pesado para repor uma eventual venda do camisa 3. A ideia é compor o elenco com atletas mais jovens, que possam ser lapidados por André Jardine ao longo da temporada e ter chances esporádicas.

O primeiro da fila é Rodrigo. Ele já iniciou os treinos com o elenco profissional em 2018, quando se revezou entre o time sub-20 e o sub-23, erguendo, como capitão, as taças da Copa do Brasil Sub-20 e do Campeonato Brasileiro de Aspirantes. Recentemente, renovou contrato até 2021. Como já não terá idade para a base e é visto como mais pronto para o grupo principal, larga em vantagem. O ex-coordenador de futebol e ex-zagueiro Ricardo Rocha era um entusiasta do garoto de 20 anos.

A segunda vaga tem três concorrentes, que pelas necessidades de um calendário mais apertado podem até aumentar a lista de opções de Jardine: Lucas Kal, Tuta e Walce. Os dois últimos só farão 20 anos em 2019. Por isso, ainda serão considerados para as equipes de base. Walce deve até ficar longe do Tricolor em janeiro, já que é cotado para disputar o Sul-Americano Sub-20 com a seleção brasileira. Tuta ainda pode ser usado como lateral-direito.

Aos 22 anos, Kal também teve trajetória de títulos como capitão em Cotia, mas só fez 13 partidas até hoje como profissional. Foram 11 pelo Guarani na Série A2 do Campeonato Paulista deste ano, uma pelo Tricolor (2 a 0 sobre o Cruzeiro, pelo Campeonato Brasileiro) e outra pelo Vasco da Gama, que o contratou por empréstimo até o fim do Campeonato Carioca de 2019.

André Jardine gosta do futebol do defensor, e uma cláusula no vínculo com os vascaínos permite que o São Paulo antecipe sua volta ao Morumbi. Esse movimento deve ser decidido em breve. 

A tendência é que essas apostas caseiras sejam centralizadas no primeiro semestre, principalmente no Campeonato Paulista. Para o restante da temporada, o desempenho dos jovens criados em Cotia pesará para saber se será necessário procurar um zagueiro no mercado.