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Jô supera média de gols no Corinthians e salva time japonês de rebaixamento

Jô celebra três gols feitos sobre o Urawa Reds: atacante manteve média alta de gols  - Reprodução/Twitter
Jô celebra três gols feitos sobre o Urawa Reds: atacante manteve média alta de gols Imagem: Reprodução/Twitter

Diego Salgado

Do UOL, em São Paulo

11/12/2018 12h00

Principal jogador do Corinthians no Brasileirão 2017, Jô termina a atual temporada com status parecido um ano depois de aceitar uma proposta do Nagoya Grampus. No Japão, o atacante se manteve em alta ao terminar o campeonato nacional como artilheiro e herói da equipe - a média de gols, inclusive, foi superior à registrada no clube paulista no ano passado.

Assim como fez no Corinthians na partida em que o time garantiu o título brasileiro, Jô foi às redes duas vezes no jogo mais importante do Nagoya Grampus na temporada, disputado há 12 dias. Além de salvar a equipe do rebaixamento, ele ainda terminou a competição como maior goleador, repetindo também o feito alcançado no ano passado, ainda com a camisa alvinegra.

Aos 31 anos, Jô vive a fase mais artilheira da carreira. Depois de marcar 25 gols em 61 jogos com a camisa do Corinthians em 2017 (média de 0,41), o atacante chegou perto da marca ao balançar as redes em 24 oportunidades em apenas 37 partidas (0,65 de média). Antes das atuações por Corinthians e Nagoya, o recorde de gols do jogador havia sido registrado na primeira temporada na Europa, quando fez 23 gols pelo CSKA Moscou.

No Japão, Jô foi decisivo mais uma vez, mas de uma forma bastante distinta. O atleta salvou o Nagoya Grampus do segundo rebaixamento em três anos. Como mostrou o UOL Esporte, o brasileiro foi contratado há um ano justamente para tentar apagar a imagem da primeira queda do time no campeonato nacional.

Para isso, a Toyota, montadora japonesa que fundou o clube e ajudou a construir o estádio do time, não mediu esforços para tirar Jô do Corinthians - o valor da proposta chegou a R$ 38 milhões. Na ocasião, o artilheiro tinha mais um ano de vínculo com o clube paulista, que apostou na sua contratação em outubro de 2016 - para acertar com ele, a diretoria alvinegra pagou apenas luvas, pois o atleta estava em fim de contrato no Jiangsu Suning, da China.

No Corinthians, Jô começou a se destacar nos clássicos. Primeiro, deu a vitória ao time alvinegro sobre o Palmeiras em um confronto válido pelo Paulistão, em fevereiro. Ele ainda marcou contra Santos e São Paulo (duas vezes) no Estadual, vencido pela equipe de Fábio Carille. No Brasileirão, Jô fez 18 gols, destacou-se até mesmo na pior fase corintiana na competição e terminou como artilheiro do torneio ao lado de Henrique Dourado (com isso, quebrou uma marca inédita, pois o Corinthians teve um goleador máximo do Brasileirão pela primeira vez).

Herói do Nagoya Grampus

Jô - Divulgação - Divulgação
Jô foi contratado em dezembro do ano passado, depois de o Nagoya volta à primeira divisão
Imagem: Divulgação

Depois de um começo sem grande destaque, o atacante passou a ser o maior nome do Nagoya, com 17 gols nos últimos 16 jogos da equipe no campeonato nacional. O desempenho fez Jô superar o brasileiro Patric, do Sanfrecce Hiroshima, no duelo pela artilharia - ao fim da competição, foram 23 gols do ex-atleta corintiano, contra 20 do concorrente.

Para escapar do rebaixamento, o Nagoya teve de lutar até os últimos minutos da derradeira partida do Campeonato Japonês. Antes da 34ª rodada, o time de Jô estava na zona de rebaixamento. Para escapar, era preciso vencer o Shonan Bellmare em casa. Se empatasse, a equipe tinha de torcer por uma derrota do Sagan Tosu ou do Jubilo Iwata.

O Nagoya viu o adversário abrir 2 a 0 no primeiro tempo. Jô, então, entrou em ação. Primeiro, o artilheiro sofreu pênalti e diminuiu o placar. Em seguida, converteu outra penalidade máxima depois que uma bola tocou no braço de um zagueiro adversário. Com o empate, era preciso torcer contra os rivais diretos na tabela.

O Sagan Tosu arrancou um empate sem gols com o Kashima Antlers fora de casa. Já o Jubilo Iwata sofreu uma virada nos minutos finais depois de abrir o placar contra o campeão Kawasaki Frontale a 12 minutos do fim. O líder do campeonato, porém, fez dois gols em sete minutos - o último aos 49 minutos do segundo tempo, após um gol contra.