Amistoso de D'Alessandro tem jogador no VAR, Follmann e golaço de Taison
A quinta edição do Lance de Craque foi realizada neste domingo (16) no estádio Beira-Rio. Desta vez D'Alessandro contou com o reforço do pentacampeão Lúcio na partida que terminou 8 a 5 para o time dos amigos do argentino contra os amigos do brasileiro. E teve tempo para um golaço de Taison, Damião e D'Alessandro ajudando o árbitro na consulta do VAR e Follmann, sobrevivente do acidente com avião da Chapecoense, em campo.
O ex-goleiro, um dos sobreviventes no trágico acidente com avião do clube catarinense em 2016, entrou na etapa final. Sem parte da perna direita, utilizando a prótese que o acompanha deste o ocorrido, marcou um gol. Seu primeiro toque na bola já foi motivo de muita comemoração. E em seguida, um pênalti cometido por D'Alessandro (de propósito) foi colocado para ele cobrar. Errou a primeira, o árbitro Sálvio Spíndola mandou voltar, errou a segunda, novamente foi recolocada a cobrança, e na terceira veio o gol mais celebrado da tarde.
Antes, no fim do primeiro tempo, Damião foi lançado e colocou na rede. Mas o árbitro sinalizou a necessidade de consultar o árbitro de vídeo. Foi até a beira do gramado, mas não sozinho. Damião o acompanhou para rever o lance. E, percebendo que estava em posição legal, o próprio atacante tomou o apito das mãos do árbitro e sinalizou o gol.
O lance se repetiu no segundo tempo com D'Alessandro como protagonista. Conhecido por reclamar dos árbitros e pressionar, esteve acompanhado por Magrão, da equipe adversária, consultando o árbitro de vídeo. Também sinalizou gol.
Em clima de festa, Taison foi o único 'a fim de jogo'. O atacante do Shakhtar Donetsk, da Ucrânia, no fim da etapa inicial, pegou uma bola praticamente na linha divisória do gramado, correu, driblou três marcadores, o goleiro Dida, e colocou na rede. Um golaço que levantou a torcida presente.
"O Marcão (zagueiro) brincou comigo dizendo que quando eu estiver mais velho vou ver os meninos correrem assim contra mim", sorriu.
No segundo tempo, foi a vez do torcedor ser protagonista. Ao assinalar pênalti de Klaus em Claudio Pitbull, Spíndola foi até as cadeiras e perguntou para um torcedor se foi pênalti. O aficionado sinalizou que sim e o ex-árbitro, hoje comentarista da ESPN, entregou o apito para que o torcedor sinalizasse a penalidade.
Claudio Pittbull, ex-jogador do Grêmio, foi bater e as vaias ecoaram. Mas D'Alessandro não deixou. Foi até a frente da bola e pediu aplausos para o ex-atacante. Atendido prontamente pela torcida momentos antes da bola ir para as redes.
Estiveram em campo estrelas atuais e do passado da bola. Os argentinos Lucho González, Abbondanzieri e Verón, os uruguaios Rúben Paz e Recoba, o paraguaio Gavillán, Mauro Galvão, Dunga, Magrão, Taison, Luiz Adriano, Maicon, Lúcio, Alex, Edenílson, Roger Flores, Aloísio, Leandro Damião, entre outros.
O placar foi o que menos importou. Em campo, não foram 11 contra 11, mais reservas, técnicos, torcedores. Não eram pontos em disputa ou rivalidades. Mas o objetivo de ajudar quem precisa.
Toda renda foi revertida para quatro instituições de caridade: Hospital Materno-Infantil Presidente Vargas, Aldeia da Fraternidade, Fundação de Atendimento de Deficiência Múltipla e Apae. Foram 18.868 presentes para uma renda de R$ 412.575,00.
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