Topo

Reforço do Palmeiras teve altos e baixos no Goiás e sofreu até ameaça

Carlos Eduardo celebra gol pelo Goiás em 2015, ano em que estreou no profissional - André Costa/Estadão Conteúdo
Carlos Eduardo celebra gol pelo Goiás em 2015, ano em que estreou no profissional Imagem: André Costa/Estadão Conteúdo

Leandro Miranda

Do UOL, em São Paulo

23/12/2018 04h00

O atacante Carlos Eduardo chegou ao Palmeiras como resposta a uma carência identificada pela diretoria desde a saída de Keno no meio do ano: a de um jogador veloz para atuar pelas pontas. Com essa responsabilidade no novo clube, vai encarar o principal desafio da carreira. Sua experiência anterior no futebol brasileiro foi no Goiás, clube em que viveu altos e baixos, encarando o peso de ser o principal jogador do time muito jovem e recebendo até ameaça de morte.

O episódio aconteceu em março de 2017. Carlos Eduardo, então com 20 anos, disse ter recebido uma ligação anônima intimidadora após uma atuação ruim no Campeonato Goiano. A triste situação retratou o que foi a passagem dele pelo clube que o revelou: altas expectativas e ótimos momentos, coroados com o tetracampeonato estadual, mas também fases irregulares e cobranças.

Lançado nos profissionais no Goiás em 2015, ano em que o time foi rebaixado à Série B, Carlos Eduardo ganhou destaque na temporada seguinte e se tornou a próxima esperança de revelação do time esmeraldino após a venda de Erik, também para o Palmeiras, no fim do ano anterior. Atacante muito veloz, com a jogada de linha de fundo como principal característica, ele se tornou o principal nome da equipe justamente em uma fase nada boa do clube, que ficou longe do retorno à primeira divisão nacional em 2016 e 2017.

Quando foi vendido para o Pyramids, do Egito, em junho de 2018, Carlos Eduardo já não vivia seu melhor momento com a camisa esmeraldina. No total, ele marcou 30 gols em 157 jogos oficiais pelo Goiás. De perfil tímido e bastante ligado à mãe, o atacante nascido na pequena Nerópolis teve passagem regular pelo futebol do país árabe nos últimos seis meses: com um gol em dez jogos, foi coadjuvante de Keno, que até teve seu retorno avaliado como possibilidade pelo Palmeiras, em situação que não se concretizou.

Agora no Palmeiras, Carlos Eduardo terá que enfrentar concorrência pesada, conquistar a torcida e brigar por seu espaço. As oportunidades certamente virão, com o sistema de rodízio implantado por Felipão confirmado para continuar no ano que vem. Com Willian lesionado e fora do primeiro semestre de 2019, os principais rivais pela titularidade deverão ser Dudu, Gustavo Scarpa, Hyoran e os também recém-chegados Zé Rafael e Felipe Pires.