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Sem Marcelo Grohe, Grêmio abre 2019 em clima de reformulação

Marcelo Grohe é a principal ausência na reapresentação do Grêmio nesta quinta - Lucas Uebel/Divulgação Grêmio
Marcelo Grohe é a principal ausência na reapresentação do Grêmio nesta quinta Imagem: Lucas Uebel/Divulgação Grêmio

Marinho Saldanha

Do UOL, em Porto Alegre

03/01/2019 04h00

Depois de tanto tempo, a reapresentação do Grêmio não terá um de seus jogadores mais identificados com o clube: Marcelo Grohe. Anunciado nesta quarta-feira pelo Al-Ittihad, da Arábia Saudita, o jogador deixa o clube que defendeu por 19 anos. Além dele, a volta aos trabalhos do Tricolor nesta quinta (03) é marcada por baixas e a tendência de apenas um reforço. 

Nenhum nome foi anunciado até agora pela direção azul, branca e preta. E além de Grohe, o Tricolor não contará com Ramiro, que foi para o Corinthians, Douglas, que deixa o clube, Bressan, que foi para o FC Dallas, e Cícero, que ainda negocia sua renovação. Apenas o último deles pode estar na volta aos trabalhos, mas a situação não está definida. 

Enquanto isso, a expectativa é pelo anúncio de reforços. Sem qualquer oficialização até agora, o Tricolor tem acordos encaminhados com Rômulo, volante do Flamengo, e Emmanuel Más, lateral do Boca Juniors. 

Além do goleiro Julio Cesar, que deixa o Fluminense e assina por dois anos. A contratação, firmada na quarta-feira, deve significar o único reforço entre os que se apresentam na tarde desta quinta no CT Luiz Carvalho. 

Ainda é aguardado desfecho positivo para contratação de Felipe Vizeu, da Udinese. Até então, porém, não houve qualquer resposta do clube italiano à proposta de empréstimo realizada nos últimos dias de 2018. 

A lista dos jogadores que vão embora ainda pode crescer. Com assédio de vários clubes, defender Walter Kannemann tem sido tarefa cada vez mais complicada. Marinho, sem clima após um vídeo que vazou dele "se oferecendo" ao Flamengo, está na mira do Ceará e pode ser liberado. 

Sobram dúvidas na reapresentação gremista. E a principal certeza é que o clube passa por um processo de reformulação. 

"Em 2015 éramos um clube desacreditado. Tomamos atitudes, desfizemos e refizemos o plantel. Chegamos ao terceiro lugar naquele Brasileiro. Em 2016 ganhamos a Copa do Brasil exatamente pela continuidade, a política de transformação de raciocínio, de compromissos. Em 2017 ganhamos a Libertadores, um título tão esperado, que deu a dimensão de um Grêmio maior. Em 2018 ganhamos a hegemonia do Gauchão, e a Recopa. Disputamos todos os campeonatos e sabíamos que com o tempo haveria uma transição. Não é possível disputar todos os campeonatos todo o tempo. A transição poderia ser, e nós avisamos isso, de uma maneira mais dura, tranquila, moderada. E até o momento o Grêmio mantém praticamente todo elenco. Mas vamos repor", disse o presidente Romildo Bolzan Júnior. 

A segurança mostrada pelo mandatário ainda se baseia na boa condição financeira e no planejamento. Com determinação de começar o Campeonato Gaúcho utilizando o time de transição (equipe Sub-23), o elenco ganha prazo maior para ser montado. 

"O Grêmio hoje é um clube estruturado, com capacidade financeira, que preserva e mantém muito bem organizadas suas finanças. Isso nos dá perspectiva de futuro para competir com os clubes mais ricos do país. Somos competitivos inclusive contra os poderosos. O Grêmio será forte em 2019, fará enfrentamentos com grandes clubes sul-americanos, brasileiros, gaúchos. Será um clube que vai disputar os títulos. 2019 será um ano de conquistas e retomada do Grêmio", completou o presidente.