Topo

Time do Acre vai à CBF após "calote" de R$ 450 mil do Cruzeiro por atacante

Careca, atacante do Atlético-AC, defendeu as cores do Cruzeiro - Bruno Haddad/Cruzeiro/Divulgação
Careca, atacante do Atlético-AC, defendeu as cores do Cruzeiro Imagem: Bruno Haddad/Cruzeiro/Divulgação

Enrico Bruno e Thiago Fernandes

Do UOL, em Belo Horizonte

09/01/2019 04h00

O Atlético-AC acionou o Cruzeiro na Câmara Nacional de Resolução de Disputas (CNRD) da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) para receber a quantia de R$ 450 mil referente ao empréstimo do atacante Careca.

Os acreanos deveriam receber R$ 400 mil pelo empréstimo do atleta em fevereiro passado. O valor, entretanto, não foi depositado. No contrato firmado pela antiga gestão, do presidente Gilvan de Pinho Tavares, havia uma cláusula que obrigava o clube mineiro a pagar R$ 50 mil em caso de atraso.

Procurado para comentar o caso, a assessoria de comunicação da Raposa ainda não se pronunciou.

O Atlético-AC alega que tentou receber o valor de diversas formas e teria escutado de Itair Machado, vice-presidente de futebol, que o valor não seria pago de forma integral a princípio. A Raposa, segundo os acreanos, queria desembolsar R$ 200 mil pelo acordo. O fato foi rechaçado pelo clube do Norte do Brasil.

"A gente firmou um contrato. À época, o presidente ainda era o doutor Gilvan. Era um contrato de empréstimo do Careca para o Cruzeiro. O Cruzeiro pagaria em fevereiro R$ 400 mil pelo empréstimo. Em caso de atraso, o clube teria que pagar mais R$ 50 mil. Itair alegou que só pagaria se fosse metade. Mas tem um contrato firmado, registrado. Ele jogou uma proposta de pagar metade, mas não aceitamos", disse Elison Azevedo, presidente do Atlético-AC, ao UOL Esporte.

Havia ainda uma cláusula que permitiria o Cruzeiro adquirir 50% dos direitos por mais R$ 400 mil. A opção, contudo, não foi feita pela cúpula celeste.

O Atlético-AC diz que, no decorrer de 2018, tentou receber um valor abaixo da dívida. O clube pediu R$ 300 mil à Raposa. Entretanto, os mineiros teriam dito que não pagariam o montante solicitado.

"Teve até uma proposta que a gente fez, diminuir isso para R$ 300 mil, mas eles disseram que não pagariam e ponto final. A gente sabe que não é o Cruzeiro em si, mas é a administração. Eu garanto para você que o Atlético-AC, que é um clube pequeno, humilde, mas todos os compromissos que a gente assume", comentou Elison.

O Atlético-AC entrou na CNRD em dezembro do ano passado e aguarda o posicionamento do órgão ligado à CBF para saber os próximos passos do caso envolvendo a dívida do Cruzeiro.