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Marta revela clima ruim e relata ciúmes entre jogadoras da seleção

Stuart Franklin - FIFA/FIFA via Getty Images
Imagem: Stuart Franklin - FIFA/FIFA via Getty Images

Do UOL, em São Paulo

11/01/2019 23h24

Marta já defende a camisa da seleção brasileira há mais de 15 anos, teve momentos alegres, como o ouro no Pan de 2003 e 2007, e outros nem tanto. De acordo com ela, o clima não era dos melhores, principalmente no começo. 

"A seleção tinha alguns momentos conturbados. Até porque todas tinham muito potencial e havia uma competitividade muito grande. Algumas vezes eu me impunha com meu gênio e com meu talento. Eu dizia que eu não tinha que conquistar ou agradar as pessoas, eu tinha ido lá para jogar bola e é assim que eu ia 'ganhá-las'", disse em entrevista ao Resenha ESPN.

A camisa 10, eleita seis vezes a melhor jogadora do mundo pela Fifa, contou que a situação mudou com a chegada do técnico Renê Simões, que levou a equipe à medalha de prata em Atenas.

"Não era muito legal ir para seleção, às vezes. Tinham algumas situações ruins, tinha ciúme de algumas jogadoras. Mas, hoje em dia, com um trabalho que começou com o Renê Simões, a gente tem uma relação melhor, as coisas fluem mais naturalmente. O Renê usou, por exemplo, uma situação de todas as jogadoras pegarem a bagagem de todas para ajudar na união do grupo", afirmou.

Na entrevista, Marta também revelou que ainda sonha com o pênalti perdido contra a Alemanha na final da Copa do Mundo de 2007. O Brasil terminou com o vice-campeonato. "Acho que aquele era o melhor time. Foi o ponto alto da seleção brasileira. A gente chegou na final contra a Alemanha com chance de ganhar. E eu sonho com aquele pênalti perdido até hoje. Penso 'por que eu fui mudar o canto?'. Mas se tivesse que bater dez pênaltis, eu sempre bateria e erraria se tivesse que errar. Era minha responsabilidade", declarou.