Suspenso no Brasiliense, Jobson diz que recebeu tratamento discriminatório
Afastado do Brasiliense após se desentender com a direção do clube, o atacante Jobson contra-atacou nesta sexta-feira (25). Por intermédio de um comunicado assinado pelo escritório de advocacia que representa a RCF Sports e Marketing Esportivo, empresa responsável por gerir a sua carreira, o jogador reclamou de discriminação por trabalhar em horários distintos e sem as mesmas condições do restante do elenco.
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De acordo com o documento, Jobson "teve um pequeno desentendimento com o Sr. Jean, supervisor de futebol do Brasiliense Futebol Clube, por divergência de ideias".
Ainda segundo a nota, Jean enviou uma mensagem de WhatsApp ao atleta informando que ele estava afastado dos treinamentos e que o jogador "deveria aguardar em casa e que não comparecesse ao centro de treinamento".
No início desta semana, o Brasiliense informou que Jobson foi suspenso "por tempo indeterminado" e que poderá treinar em horário diferente do restante do elenco, mas o escritório de advocacia entende que isso acarreta em "enormes prejuízos à sua carreira".
"Suspenso de suas atividades, sem motivos efetivamente informados, atleta vem treinando sozinho em uma academia e, após nota publicada, o Brasiliense força o atleta a treinar separado/isolado dos demais colegas de profissão, recebendo um tratamento discriminatório, pois não recebe as mesmas condições de trabalho de seus companheiros, causando inúmeros prejuízos a carreira do jogador", diz a nota.
O documento também fala que a situação configura "assédio moral". "A atitude do clube ao afastar o atleta, sem um justo motivo, foi público e notório, sendo matéria de jornais de grande circulação, depreciando assim o valor do atleta enquanto profissional, bem como afeta a imagem e a honra do mesmo. Enquanto atleta, Jobson tem sofrido danos em sua imagem, bem como seu rendimento de alta performance como jogador profissional de futebol em virtude do afastamento dos exercícios físicos, acarretando assim 'assédio moral'."
Por fim, o escritório de advocacia afirma que foram tirados de Jobson os direitos da personalidade e os direitos inerentes ao atleta, previstos na Lei Pelé.
"Eventuais restrições proporcionadas pela agremiação desportiva acarretam uma conduta abusiva, desrespeitosa, degradante e desumana, transformando toda dedicação dada ao clube em pó", diz o comunicado.
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