Topo

Sócios do Flu optam por saída antecipada de Abad, e clube terá nova eleição

Leo Burlá/UOL
Imagem: Leo Burlá/UOL

Leo Burlá

Do UOL, no Rio de Janeiro

26/01/2019 19h16

Por maioria, os sócios do Fluminense decidiram pela antecipação do fim do mandato do presidente Pedro Abad. Por 812 votos a 179, além de três nulos, os associados concordaram com a mudança no estatuto que permitirá a realização de um novo pleito até março. Exatos 10.501 tricolores estavam aptos ao voto.

Apesar do clima hostil que tem marcado a política tricolor nos últimos tempos, o ambiente nas Laranjeiras foi tranquilo durante a realização da assembleia geral realizada neste sábado (26).

Abad - Divulgação/Fluminense - Divulgação/Fluminense
Imagem: Divulgação/Fluminense

Disposto a deixar o cargo antes do fim do triênio para o qual foi eleito, o presidente Pedro Abad votou por volta das 11h50. Com semblante tranquilo, caminhou pelo clube e cumprimentou associados. 

"O Fluminense precisa de estabilidade. Eu recebi o clube numa condição crítica, estamos tentando fazer com que o clube saia dela. Estamos montando um elenco bastante competitivo no futebol, com gastos iguais ao do ano passado. Criou-se um clima de instabilidade profunda. O Fluminense precisa de paz. A partir de segunda a gente começa a pensar sobre a data da eleição", disse Abad.

A movimentação dos grupos políticos do Flu ficou mais restrita à área das quadras de tênis. Misturado em meio aos caciques, o ídolo Romerito almoçou e passou a tarde por lá.

O resultado favorável à nova eleição é uma vitória pessoal da ala formada pelo trio formado por Mário Bittencourt, Ricardo Tenório e Celso Barros. Desde que Abad decidiu dar aos sócios o direito de escolher pela sua saída antes do prazo, os três defenderam a medida.

Por outro lado, Pedro Antonio teve de se conformar com o resultado das urnas. Ele era partidário da renúncia direta de Abad, mas essa medida sempre foi rechaçada pelo mandatário. Caso o presidente saísse por conta própria, Fernando Leite, presidente do Conselho Deliberativo, seria o presidente em exercício e teria até 45 dias para convocar nova eleição.

Neste cenário, o novo postulante do cargo cumpriria o período de Abad (até o fim deste ano), mas o clube já teria de escolher um novo presidente em novembro. Com a vitória do "sim" pela saída do presidente, quem vencer o próximo pleito governará de março de 2019 até dezembro de 2022.

"Existe uma tramitação burocrática para a alteração do estatuto. Por experiência própria, acho que não ocorre antes de 45 dias, mas isso é uma questão de cartório", explicou Leite.