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Conselheiros aprovam empréstimo de R$300 mi para Cruzeiro quitar dívidas

Presidente Wagner Pires convocou a reunião e teve aprovação quase total do Conselho - © Washington Alves/Light Press/Cruzeiro
Presidente Wagner Pires convocou a reunião e teve aprovação quase total do Conselho Imagem: © Washington Alves/Light Press/Cruzeiro

Enrico Bruno e Thiago Fernandes

Do UOL, em Belo Horizonte

11/02/2019 21h32

Em reunião extraordinária realizada nesta noite de segunda-feira, membros do conselho deliberativo do Cruzeiro aprovaram o empréstimo de R$300 milhões junto a um fundo estrangeiro de investimentos. O montante será utilizado para pagar as atuais dívidas do clube. Com isso, a instituição irá negociar as suas pendências, passando a dever apenas um único credor nos próximos cinco anos.

Dos 316 conselheiros que compareceram à reunião na sede social do clube, no Barro Preto, apenas dois votaram contra a proposta apresentada pela diretoria. Para solicitar o empréstimo não era necessário fazer uma votação com os conselheiros da entidade, mas o presidente Wagner Pires de Sá optou por abrir uma votação depois de adiantar o assunto nas últimas semanas. A partir de agora, o clube vai dar um novo passo para viabilizar a operação financeira com o fundo internacional, que não teve o nome revelado. No encontro, a diretoria também apresentou o fluxo de caixa aos conselheiros e o planejamento esperado para os próximos anos.

A explicação para o Cruzeiro buscar um fundo estrangeiro para pedir o empréstimo é que os juros aplicados são menores que os aplicados no Brasil. De acordo com a diretoria celeste, os juros anuais do futuro empréstimo serão de 9%, enquanto os aplicados pelos bancos no país são de 28%. A instituição ainda terá um ano e meio de carência antes de começar a quitar a nova dívida, que será parcelada em sete prestações semestrais.

Um ponto que gerou bastante discussão nas últimas semanas foi a possibilidade de colocar patrimônios do clube como garantia em caso de atrasos no pagamento dos empréstimos. Essa possibilidade foi rechaçada pela diretoria. Caso seja necessário, o credor terá direito a receber parte das cotas de TV, rendas com bilheterias, patrocínios e venda de jogadores, mas não poderá pegar nenhum patrimônio do clube como garantia.

Depois que passar os 18 meses de carência, o Cruzeiro terá os três anos e meio restantes para começar a quitar a dívida, pagando sete prestações que vencerão a cada semestre. Para conseguir zerar os pagamentos dentro do prazo, o Cruzeiro terá que se reestruturar e aumentar sua receita consideravelmente. Isso também irá afetar a futura gestão do clube, que terá uma nova eleição em outubro de 2020.

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