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Rafinha repete bom início de ano e se firma como amuleto do Cruzeiro

Meia segue como um dos principais atletas de Mano, mas ainda não se firmou como titular - Pedro Vale/AGIF
Meia segue como um dos principais atletas de Mano, mas ainda não se firmou como titular Imagem: Pedro Vale/AGIF

Enrico Bruno

Do UOL, em Belo Horizonte

14/02/2019 04h00

Aos 35 anos, Rafinha começou o ano voando no Cruzeiro. Embora nunca tenha se firmado como titular, o jogador segue como um dos atletas mais utilizados por Mano Menezes. Com gols, assistências e uma recuperação física que serve de exemplo, o jogador repete o começo arrasador de 2018 e já se destaca como um dos principais nomes do time nesta primeira fase do estadual.

No domingo passado, Rodriguinho foi quem mais chamou atenção na vitória por 3 a 0 contra o Tupynambás, marcando seu primeiro gol e dando uma assistência. Mas Rafinha não ficou para trás e também balançou as redes, além de retribuir o companheiro com um passe. Além disso, apesar da alta idade, já foi elogiado por Dedé por parecer um garoto com dez anos a menos, auxiliando bem na marcação pelos lados, função que geralmente cabe aos pontas e que exige bastante esforço físico. É essa soma de atributos que fez com que Mano impedisse o jogador de deixar o clube ainda em 2017. Na ocasião, o Vasco tentou levar o atleta, mas o treinador pediu e a diretoria recusou a oferta cruz-maltina para manter o amuleto do comandante no plantel.

"Eu trabalho, treino da melhor maneira possível. Nos jogos eu procuro me dedicar, ajudar a equipe. Mas eu não ligo muito para isso, é claro que todo jogador quer jogar todos os jogos, mas eu sei da minha importância no clube, junto com os companheiros. Independente de começar jogando ou de atuar 15 minutos eu estarei pronto para ajudar. Estou feliz, estou em um momento legal, e isso é o que importa", comentou Rafinha, sobre não se preocupar tanto com a titularidade pouco frequente.

No ano passado, Rafinha também começou o ano arrasador. Mano já estava escalando Arrascaeta junto com Thiago Neves, e Robinho completava a linha de três no meio-campo. Mas Rafinha se destacou diante de todos esses e fez um ótimo estadual. O jogador chegou a terminar o campeonato como artilheiro do clube, com cinco gols, um a menos que Ricardo Oliveira (Atlético) e Aylon (América), líderes no quesito.

Apesar de não ser considerado um dos onze titulares, não é por demérito que Rafinha costuma passar mais tempo no banco, mas por sempre encontrar uma forte concorrência ou por não ser considerado o encaixe perfeito do treinador no time. Neste ano, por exemplo, o meia tem começado as partidas, mas ganhou novos fortes concorrentes. Apesar da saída de Arrascaeta pelo lado esquerdo, a característica de David o faz ser considerado o substituto ideal para aquele setor. Além disso, o bom início de Marquinhos Gabriel também pode aumentar a disputa pelos lados.

"Isso é bom, infelizmente o Thiago (Neves) teve uma lesão, mas é sempre importante ter força total e colocar o problema na cabeça do Mano. Ele que se vira para escalar os melhores. O duro é quando não tem jogador e a gente tem que improvisar ou subir um menino da base que não está treinando com a gente", finalizou.