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Mãe do técnico Tite, Dona Ivone morre aos 83 anos em Caxias do Sul

Ivone Bachi morreu hoje, em Caxias do Sul (RS), aos 83 anos de idade - FÁBIO MOTTA/ESTADÃO CONTEÚDO
Ivone Bachi morreu hoje, em Caxias do Sul (RS), aos 83 anos de idade Imagem: FÁBIO MOTTA/ESTADÃO CONTEÚDO

Luiza Oliveira, Marinho Saldanha e Olga Bagatini

Do UOL, em Porto Alegre (RS) e São Paulo (SP)

09/03/2019 16h48

Dona Ivone Bachi, mãe do técnico Tite, morreu no início da tarde de hoje em Caxias do Sul (RS). Ela tinha 83 anos de idade e a causa foi natural. A informação foi dada inicialmente pela Rádio Gaúcha e confirmada pelo UOL Esporte.

O clássico entre Caxias do Sul e Juventude, na tarde de hoje, no Alfredo Jaconi, teve um minuto de silêncio em homenagem à mãe do treinador gaúcho, que já comandou o Caxias, por onde foi campeão em 2000. Muito ligado à família, Tite sempre diz que só teve sucesso na carreira graças ao apoio da família.

O velório está previsto para acontecer durante a noite de hoje a partir de 21 h. O sepultamento de Dona Ivone será amanhã, às 17h, no Cemitério Parque de Caxias do Sul. 

O técnico Tite já recebeu a notícia do falecimento da mãe e deve se encaminhar nas próximas horas para Caxias do Sul, onde a família está reunida para as homenagens a Dona Ivone.

No Twitter, o Corinthians também ofereceu suas condolências ao técnico da seleção brasileira. "O Sport Club Corinthians Paulista lamenta o falecimento de Dona Ivone Bacchi, mãe do técnico Tite. Neste momento de dor e luto, o Corinthians deseja muita força ao treinador, seus familiares e amigos", publicou o clube na rede social. No Corinthians, Tite trabalhou por três períodos: de 2004 a 2005, 2010 a 2013 e 2015 a 2016.

Por opção própria, Dona Ivone não viu a derrota da seleção brasileira para a Bélgica. "A gente sofre com os comentários. Quando ele precisa arcar com alguma coisa, assumir responsabilidades e críticas, a gente sofre. Para nós mais jovens, é mais fácil arcar com isso. Para a mãe, fica mais pesado", disse Beatriz, a mais velha entre os três filhos de Dona Ivone, em entrevista ao UOL Esporte durante a Copa do Mundo.

No horário dos jogos, a senhora costumava acompanhar a Rede Vida; e os fogos de artifício, que dividem opiniões entre brasileiros, eram fonte de tranquilidade para Dona Ivone. Quando ela ouvia os "foguetes", sabia que o Brasil tinha vencido.

dona ivone - Bruno Thadeu/UOL - Bruno Thadeu/UOL
Imagem: Bruno Thadeu/UOL

Na ocasião da entrevista, Beatriz explicou que Tite ligava para a mãe todos os dias. Segundo ela, aquele hábito diário ajudava a tranquilizar os dois. "[Ele quer] Saber como ela está, dar uma tranquilidade para ela", prosseguiu a irmã do treinador.

Em agosto de 2016, após a conquista da medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro, Tite desejou que a mãe estivesse ali para celebrar com ele. "Adoraria que ela estivesse aqui. Essa é uma conquista de todos vocês. Eu só emprestei um pouco da minha experiência", disse ele. Aquela seleção olímpica foi comandada por Rogério Micale.

Quando Tite foi apresentado como técnico do Brasil, também em 2016, emocionou-se ao falar sobre o momento em que contou a notícia para Dona Ivone. "Eu disse: 'Mãe, seu filho é o técnico da seleção brasileira'. Ela começou a chorar e me deu bênção", contou.

Tite falou sobre a mãe ao ser apresentado na seleção

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A senhora soube que a possibilidade existia logo após ser entrevista pela Record TV. Com o fim da gravação, foi às lágrimas ao se lembrar do marido, Genor (falecido em 2009). "Ele foi o grande incentivador do Tite. Ia ficar muito orgulhoso de saber que ele é o técnico da seleção", afirmou, emocionada.

Veja uma entrevista de Dona Ivone à CBF: