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Rival do Atlético-MG amarga crise e mais de R$ 100 mi em dívida por estádio

Gran Parque Central, estádio do Nacional, foi reformado em 2018 - Divulgação/Nacional do Uruguai
Gran Parque Central, estádio do Nacional, foi reformado em 2018 Imagem: Divulgação/Nacional do Uruguai

Thiago Fernandes

Do UOL, em Belo Horizonte

12/03/2019 04h00

Adversário do Atlético-MG na fase de grupos da Copa Libertadores, o Nacional, do Uruguai, vive um momento complicado em relação às finanças. A dívida do clube já supera os 30 milhões de dólares (R$ 115,1 milhões). Os números, considerados elevados, são graças às poucas vendas de atletas e às reformas no estádio Gran Parque Central, palco do jogo de hoje à noite.

O estádio foi reformado e reinaugurado em 2018. A capacidade era de 26.500 torcedores e, hoje, as cadeiras e arquibancadas comportam 36.400 pessoas. O que atrapalhou o clube foi o gasto com as obras. O orçamento estourou, e os uruguaios tiveram que recorrer a empréstimos durante a gestão do ex-presidente José Luis Rodríguez, entre 2015 e 2018. Mais de US$ 6 milhões (R$ 23 mi) ingressaram nas contas desta forma.

Outro aspecto negativo foi o baixo número de vendas de atletas. Na última janela, o clube só conseguiu um negócio. O zagueiro Erick Cabaco deixou Montevidéu para defender o Levante, da Espanha, por 2 milhões de euros (R$ 8,6 milhões na cotação atual).

Sem dinheiro em caixa, a nova gestão, liderada por José Decurnex, adotou uma política para diminuir os gastos. O primeiro ato foi a redução da folha salarial. Até dezembro do ano passado, o clube pagava US$ 1,2 milhão (R$ 4,6 milhões) por mês com salários. Hoje, os gastos são de US$ 800 mil (R$ 3 milhões).

O valor gasto pelo clube com salários é três vezes menor que o pago pelo Atlético. O Galo, hoje, gasta cerca de R$ 10 milhões mensais com salários de atletas e membros do departamento de futebol.

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