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Andrés diz que Ronaldo "jogou com 103, 104 kg" em passagem no Corinthians

Andrés Sanchez concedeu entrevista ao programa "Grande Círculo", do Sportv - Reprodução
Andrés Sanchez concedeu entrevista ao programa "Grande Círculo", do Sportv Imagem: Reprodução

Do UOL, em São Paulo

24/03/2019 00h33

O presidente do Corinthians Andrés Sanchez foi o convidado do programa "Grande Círculo", do SporTV. Sabatinado por diversos jornalistas do Grupo Globo sobre diversos assuntos, o dirigente não fugiu de polêmicas e fez uma revelação sobre a passagem de Ronaldo no Alvinegro.

Andrés Sanchez avaliou que o projeto Ronaldo não foi o seu maior acerto como mandatário do clube paulista, mas sim a construção do CT Joaquim Grava. O dirigente também revelou que Ronaldo chegou a atuar com 104 quilos.

"O Corinthians não precisava do Ronaldo no Brasil, mas precisava para fora. O Ronaldo não precisava do Corinthians mas foi um casamento perfeito. Os jornalistas falavam que ele jogava com 96, 97 quilos... Agora, que ele já parou de jogar, eu posso falar... ele jogava com 103 quilos. Ronaldo foi campeão paulista e campeão da Copa do Brasil jogando com 103, 104 quilos. Por isso que ele era um fenômeno. E não fumava, nunca fumou", declarou Andrés.

Divergências com a Globo

O dirigente também falou sobre suas intenções no comando do futebol brasileiro. Andrés já atuou na CBF, mas se desligou por divergências com a Confederação. Ele afirmou que ainda tem o sonho de ser presidente da instituição, mas que vê algumas barreiras no caminho.

"Eu queria ser presidente da CBF, mas é difícil. A Globo não permite, as federações não querem. Eu acho que seria melhor os clubes votarem em quem quiserem, mas teria que romper com tudo. [...] A Globo não tem nem esse poder [de permitir ou não]. Mas o que eu quero dizer é o sistema do futebol. É a Globo, que é a maior patrocinadora de futebol, são os clubes, as federações", disse.

Decepção em Brasília

O presidente do Corinthians falou sobre sua relação com a política. Ele contou que se decepcionou no Congresso, mas destacou que aprendeu muita coisa. Para Andrés, a cultura política do país deve mudar para que diferenças possam ser vistas nos próximos anos.

"Não é nova política. São novas pessoas que podem melhorar ou piorar o país. A política é a mesma desde o começo da república. O sistema político brasileiro está falido. Pode por o papa, que se não houver uma mudança de cultura, não vai mudar. Em dois meses vemos os problemas que estão tendo. Fiquei muito decepcionado no congresso, me arrependi, mas aprendi muita coisa. Tem que mudar o sistema, ou vão ficar secando gelo e nada vai mudar", contou o dirigente.

Sobre os grandes rivais no país, Andrés destacou Palmeiras e Flamengo. O time paulista foi apontado por ele como o maior rival dentro de campo do Corinthians, enquanto que o clube carioca foi apontado como um grande adversário institucional.

"O Palmeiras é o nosso grande rival. O Flamengo institucionalmente é o maior adversário. Mas, no campo, óbvio, o Palmeiras é o grande rival", pontuou.

Condições da base longe do ideal

Na avaliação de Andrés Sanchez, a estrutura das categorias de base do Corinthians está bastante atrasada em relação aos principais rivais. Ele garante, no entanto, que haverá uma melhora nos próximos anos, principalmente a partir da inauguração do novo CT da base.

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"O Corinthians está muito ruim na base, estamos 15 anos atrás. Nunca teve CT da base, então não tem estrutura para alojar mais jogador. A gente aloja 32 jogadores, que é o nosso limite, mas vai melhorar. Vai melhorar ainda mais quando a gente inaugurar nosso CT de base. Aí poderemos alojar 100, 150 garotos, como é a média dos times grandes", analisou Andrés.

Em um olhar crítico para o futebol brasileiro, o dirigente apontou a Argentina como um exemplo a ser seguido para a evolução técnica e tática. Segundo ele, o Racing foi um adversário que surpreendeu o Corinthians pelo nível de futebol apresentado.

"Futebol jogado, nós estamos um fiasco. O que o Corinthians passou contra o Racing, se a gente não estivesse numa noite boa, seria goleada. O futebol argentino está muito à frente técnica e taticamente do nosso", concluiu.

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