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Hoje no Liverpool, zagueiro temeu a morte aos 17. E até assinou testamento

Van Dijk ignorou dores abdominais e chegou a ter diagnóstico ignorado por médicos; no fim, sofreu rompimento do apêndice - Carl Recine/Reuters
Van Dijk ignorou dores abdominais e chegou a ter diagnóstico ignorado por médicos; no fim, sofreu rompimento do apêndice Imagem: Carl Recine/Reuters

Do UOL, em São Paulo

25/03/2019 14h30

Hoje aos 27 anos, Virgil Van Dijk é um destaque do Liverpool e da seleção holandesa. No entanto, dez anos atrás, o então jovem zagueiro viu sua vida em risco. E deixou até um testamento pronto.

O próprio Van Dijk é quem conta a história. Na época, aos 17 anos, sentiu uma dor abdominal por três dias, mas decidiu ignorá-la. A dor era resultado de uma apendicite. Em determinado momento, passou por exames em um hospital, mas os médicos o liberaram e apenas receitaram analgésicos.

Resultado: o apêndice sofreu um rompimento, e Van Dijk teve que ser levado às pressas para uma sala de cirurgias. Com diagnósticos de peritonite (a inflamação do peritônio) e uremia (elevação do nível de ureia no sangue), o zagueiro só sobreviveu, segundo sua mãe ouviu dos médicos, graças a sua condição física já de jogador - na época, defendia a base do Groningen.

"Eu olhei a morte nos olhos, e foi uma experiência terrível", contou Van Dijk, segundo o jornal Daily Mirror. "Pela primeira vez em minha vida, o futebol não significou nada para mim. Não era nada importante. Tudo que me importava era tentar permanecer vivo."

Van Dijk conta que ele e a mãe estavam rezando "e, para ser honesto, discutíamos vários cenários".

"Em determinado momento, tive que assinar alguns documentos. Era um testamento. Se eu morresse no hospital, parte de meu dinheiro iria para minha mãe", contou. "Ninguém queria levantar a questão, mas precisava ser discutido, porque havia a chance de eu morrer ali", completou.

Em seu relato, Van Dijk disse se lembrar dos momentos deitados em uma cama de hospital, com tubos e fios ligados a seu corpo. "Eu não era capaz de nada. As piores coisas passavam pela minha cabeça", conta.