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Peres afirma que quitou salários e confirma conversas para "nova Vila e CT"

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Imagem: UOL

Eder Traskini

Colaboração para o UOL, em Santos

25/03/2019 17h35

De volta após viagem pela Ásia, o presidente José Carlos Peres afirmou na tarde desta segunda-feira que o Santos quitou os salários atrasados referentes ao mês de fevereiro e confirmou que se reuniu com representantes do grupo Bolton Coin e deixaram bem encaminhada uma parceria para reforma da Vila Belmiro e construção de um novo CT.

"Temos uma conversa há seis meses com o Grupo Bolton. Tive uma reunião em Dubai, mas sempre digo que o acordo só está efetivado depois da assinatura. Virão no dia 17 de abril para nos reunirmos. De fechado, ainda nada. Houve precipitação da parte deles, de dizer que está fechado. Espero que esteja mesmo e só conto depois da assinatura", disse Peres em entrevista coletiva.

O presidente ainda revelou que o grupo tem preferência pela construção de um novo estádio para o Peixe, mas que o modelo do negócio ainda não está definido. A proposta ainda passará pelo Conselho Deliberativo.

"Visa retrofit ou nova Vila, preferem até que seja novo. Não seria uma reforma. Estádio para 20, 25 mil. Esse grupo de investimentos é muito grande em Dubai, todos sabem que dinheiro do planeta está nos Emirados Árabes. Estamos confiando, estudamos bastante. Vamos ver o último modelo no dia 17. Pagamento seria diluído em 20 ou 30 anos. É um modelo que não está definido. Por isso que qualquer coisa, será precipitado. Eu sou confiante, mas aprendi uma coisa na vida: só podemos anunciar depois de assinado", explicou.

Além do retrofit da Vila Belmiro, o mandatário santista também revelou que o acordo pode incluir a construção de um novo CT para as categorias de base do Santos.

"A princípio é retrofit, mas também possibilidade de CT. Há um arquiteto trabalhando e quando estiver desenhado, vamos apresentar ao Conselho. Ou se uma nova Vila. Precisamos urgentemente de um centro de treinamento. É nossa maior meta."

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Motivo do atraso dos salários

Segundo o presidente José Carlos Peres, o atraso no pagamento dos salários se deu por um problema com a empresa com a qual o Peixe negociava a antecipação da parcela referente à venda do atacante Rodrygo ao Real Madrid.

"Estamos desde janeiro e nunca atrasamos. Clube tem crédito de R$ 100 milhões, não estamos quebrados. Foi problema de fluxo de caixa. Foi saldado o pagamento hoje. Havia a antecipação do dinheiro do Rodrygo, de cerca de R$ 90 milhões, e não ocorreu porque o grupo tinha feito seguro do jogador Sala, do avião que caiu no Canal da Mancha. Jogador acabou falecendo, havia cláusula que esse grupo estava segurando, tiveram prejuízo. Não só dos direitos econômicos, de 17 milhões de euros, mas no seguro de vida. O grupo recuou, tiveram desembolso grande e acharam que não deveriam mais trabalhar com futebol. Por isso acabaram nos dando dor de cabeça. Confiávamos no crédito e acabou não acontecendo. Trabalhamos com projeção, com alguma outra saída, mas confiamos tanto na transação que acabamos passando por apuros. Hoje resolvido, fizemos o crédito e foi pago. Foi pago o administrativo no dia, tínhamos fundo, e depois, até por questão administrativa, nosso pessoal pagou apenas a parte da comissão técnica. Gerou desconforto, mas está tudo equacionado. Lamentamos, pedimos desculpa aos atletas, mas não justifica, é lamentar. Aconteceu, primeiro atraso nosso, e espero que não ocorra mais", explicou o mandatário.

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