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O que se sabe da negociação envolvendo Bragantino e Red Bull Brasil

Rafael Moreira/CA Bragantino
Imagem: Rafael Moreira/CA Bragantino

Do UOL, em São Paulo

26/03/2019 04h00

O que parecia ser um rumor acabou ganhando força. No último domingo (24), o presidente do Bragantino, Marquinho Chedid, afirmou que discute uma parceria com o Red Bull Brasil. O que, na prática, uniria as duas equipes no futebol brasileiro.

Caso a parceria se concretize, a Red Bull deve assumir funções importantes na administração do clube de Bragança Paulista, de olho na disputa da Série B do Campeonato Brasileiro. Se possível, inclusive, brigando para estar na primeira divisão nacional já em 2020.

A ideia é clara para os dois lados. Do lado do Bragantino, a chegada dos investimentos da fabricante de energéticos fortaleceria financeira e estruturalmente a equipe, permitindo sonhar com voos mais altos - o próprio Chedid fala em disputar a Copa Sul-Americana e a Libertadores, por exemplo. Do lado do Red Bull, o time se aproximaria dos clubes mantidos pela marca na Alemanha, na Áustria e nos Estados Unidos, todos em suas respectivas elites locais.

Mas o que se sabe do acordo que vem sendo discutido entre Red Bull Brasil e Bragantino? O Red Bull vai acabar? O Braga mudará de nome, cores e camisa?

Para ajudar a solucionar algumas dúvidas, o UOL Esporte listou pontos que já foram tornados públicos a respeito. Confira:

Quais clubes foram consultados?

Segundo fontes ouvidas pela reportagem, Boa (MG) e Criciúma (SC) chegaram a ser cotados pelo Red Bull Brasil, mas quaisquer possibilidades foram encerradas prematuramente. O Oeste, atualmente em Barueri, foi procurado, mas não demonstrou interesse. Com o Bragantino, a possibilidade avançou.

O que o Bragantino ganha com o acordo?

O Bragantino espera receber um investimento de cerca de R$ 45 milhões em 2019 para a disputa da Série B. Além disso, o estádio Nabi Abi Chedid deve ser modernizado. A parceria ainda deverá render um centro de treinamentos para o clube e reforços no elenco.

O que o Red Bull Brasil ganha com o acordo?

O Red Bull Brasil queimaria etapas e saltaria diretamente para a Série B do Campeonato Brasileiro, podendo chegar já em 2020 à primeira divisão nacional. Na Alemanha, na Áustria e nos EUA, onde a Red Bull conta com times de futebol, a marca figura nas divisões de elite locais.

O nome vai mudar? E o distintivo?

Em entrevista no domingo (24) à rádio 102 FM, de Bragança Paulista, o próprio presidente do Braga, Marquinho Chedid, já deixou claro: "Não vejo problema nenhum de botar (o nome) RB Bragantino". Porém, detalhes a respeito da identidade do clube ainda devem ser discutidos.

Como vai ficar a camisa?

No último final de semana, a Ícone (fornecedora de material esportivo do Bragantino) publicou um vídeo nas redes sociais, no qual fazia alusão à tradicional camisa "carijó" - aquela com estampas geométricas adotada no início dos anos 90. O próprio clube divulgou o conteúdo em sua página no Facebook, dando a entender que o modelo voltará a ser adotado para a disputa da Série B. No entanto, em sua entrevista, Marquinho Chedid já deixou claro que não vê problemas caso o clube eventualmente adote uma camisa vermelha - cor de destaque nos uniformes do Red Bull Brasil.

Os clubes acabam? Surge um clube novo?

Também de acordo com Marquinho Chedid, o mais provável é que o Red Bull Brasil se licencie e o Bragantino seja mantido. "Não sei, é uma decisão deles", despistou. No entanto, o dirigente lembra que "é o Bragantino que tem a vaga" para a Série B. Desta forma, legalmente, o Braga seguiria existindo normalmente diante da parceria.

Como ficam os elencos?

Antônio Carlos Zago, técnico do Red Bull Brasil, tem contrato até o final do Campeonato Paulista. Assim, só permanece se escolher renovar. No Bragantino, o técnico Marcelo Veiga poderia comandar um time B na disputa da Copa Paulista. Jogadores dos dois times seriam aproveitados na Série B, inclusive com a possibilidade da contratação de reforços.

Quando o contrato será assinado?

Marquinho Chedid espera que o acordo seja anunciado até o dia 1º de abril. O prazo de duração, segundo ele, é indeterminado.