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Por que polícia especializada não evitou briga de torcidas de Fla e Peñarol

Bernardo Gentile

Do UOL, no Rio de Janeiro

03/04/2019 18h48

Uma grande confusão ocorreu na tarde desta quarta-feira (3), na orla do Leme (RJ), quando torcedores do Peñarol e Flamengo se encontraram. Na visão do Batalhão Especializado de Policiamento em Estádio (Bepe), a situação poderia ter sido evitada caso o ônibus com sócios-torcedores do Rubro-negro, que veio do Espírito Santo, tivesse avisado seu plano de viagem à entidade.

Ocorre, no entanto, que tais grupos - sem vínculos com as torcidas organizadas - não costumam se comunicar diretamente com o Bepe. Os uruguaios detidos concederão depoimentos nesta noite e não poderão assistir ao jogo Flamengo x Peñarol.

Os policiais especializados haviam combinado que a torcida do Peñarol devia se encontrar na praia do Leme, onde seria conduzidos pela polícia militar para o jogo entre os clubes no Maracanã. Os uruguaios até estavam no local correto. O grande problema - além da violência entre os grupos - foi a ausência do Bepe a partir do momento em que rubro-negros cruzaram seu caminho.

"Havia um combinado com os torcedores organizados do Peñarol, que seriam conduzidos para o jogo a partir das 18h. Após o problema, dois ônibus foram detidos e estão sendo conduzidos para o local onde o caso será analisado. Ainda não tenho maiores detalhes", disse o tenente-coronel Silvio.

Segundo apuração do UOL Esporte, alguns torcedores do Peñarol roubaram itens dos flamenguistas que reagiram. Em maior número, os uruguaios agrediram os rivais até a chegada do policiamento da região, que resolveu a confusão rapidamente.

Até a chegada da polícia, porém, cenas de selvageria foram vistas. Houve uma briga generalizada e muitas cadeiras, garrafas de vidro e pedras foram arremessadas.

Um flamenguista desmaiou após ser acertado com um objeto e foi atendido pelos bombeiros. Outros torcedores agredidos não precisaram de maiores cuidados saindo apenas com algumas escoriações.