Como Felipão usou os reforços de R$ 60 milhões do Palmeiras até agora
Apontado frequentemente como um dos melhores elencos do Brasil, o Palmeiras apostou em seis contratações em 2019 que, somadas, chegam a um custo na casa dos R$ 60 milhões. Até aqui, porém, o técnico Luiz Felipe Scolari tem aproveitado pouco os recém-chegados e dado prioridade aos atletas que foram a base do título brasileiro do ano passado. Com exceção de Ricardo Goulart, nenhuma novidade conseguiu ainda se firmar.
A pouca utilização de alguns nomes como Zé Rafael e Matheus Fernandes tem gerado questionamentos entre a torcida, enquanto os pontas Carlos Eduardo e Felipe Pires, que receberam mais oportunidades, não caíram nas graças dos alviverdes. Felipão não costuma entrar em detalhes sobre suas escolhas e já chegou a dizer que quem decide é ele, não o torcedor. Fato é que o treinador tem um leque de opções mais vasto que a maioria dos clubes brasileiros para decidir.
Confira como cada reforço foi usado por Felipão:
Arthur Cabral (atacante, 20 anos)
O centroavante foi contratado do Ceará por R$ 5,5 milhões e chegou com problemas físicos no início do ano. Após um período de reforço muscular e correção de um problema no púbis, fez sua aguardada estreia no jogo de ida das quartas de final do Paulista contra o Novorizontino, quando fez o gol alviverde no empate por 1 a 1. Entrou também no jogo de volta, mas não recebeu outras chances. Soma 68 minutos em campo e não foi titular em nenhum jogo, apesar da má fase de Borja, atualmente contestado por grande parte dos torcedores.
Carlos Eduardo (atacante, 22 anos)
Pedido especial de Felipão, que queria um jogador de velocidade para a ponta, Carlos Eduardo foi titular em quatro jogos, mas acabou substituído em todos eles. Também saiu do banco em outras quatro partidas, somando 826 minutos no total. O preço de quase R$ 25 milhões que o Palmeiras pagou para tirá-lo do Pyramids, do Egito, tem pesado nas cobranças do torcedor, que ainda não se convenceu. Fez um golaço contra o São Paulo na primeira fase do Paulista, mas acabou retirado da lista de inscritos do estadual após machucar o tornozelo.
Felipe Pires (atacante, 23 anos)
Outra opção de jogador rápido para a ponta, foi o negócio mais barato do Palmeiras em 2019, chegando de empréstimo do Hoffenheim, da Alemanha. Ganhou espaço com Felipão no começo da temporada e foi titular seis vezes, tendo sido substituído em três desses jogos. No total, são 11 partidas e 694 minutos em campo, com um gol marcado - foi na vitória por 1 a 0 sobre o Oeste, no Campeonato Paulista. Tem até o final do ano para convencer o Verdão de que merece ser comprado em definitivo.
Matheus Fernandes (volante, 20 anos)
Volante que pode atuar como primeiro ou segundo homem de meio-campo, chegou do Botafogo como grande aposta da diretoria, que pagou R$ 16 milhões por 75% dos seus direitos econômicos. Apesar disso, não foi inscrito no Campeonato Paulista, fato que fez até Felipão lamentar publicamente o limite de 26 atletas imposto pela federação. Entrou na lista da Libertadores, mas até aqui não fez um jogo sequer com a camisa alviverde. Felipão tem preferido relacionar Jean para as partidas.
Ricardo Goulart (meia, 27 anos)
De longe, o reforço que deu mais resposta até aqui. Mesmo tendo se recuperado recentemente de cirurgia no joelho, Goulart já é o artilheiro do Palmeiras na temporada, com quatro gols (ao lado de Gustavo Scarpa) e o líder em assistências, com três passes para gol (ao lado de Dudu). Foi titular sete vezes e saiu do banco outras duas, tendo jogado 90 minutos em apenas duas oportunidades. Mas já foi suficiente para cativar a torcida e virar peça fundamental do ataque de Felipão. Emprestado pelo Guangzhou Evergrande até o fim do ano.
Zé Rafael (meia, 25 anos)
O meia se notabilizou no Bahia pela versatilidade, podendo atuar tanto centralizado quanto pelos dois lados do ataque, mas Felipão tem afirmado que o vê apenas como reserva de Dudu, pela ponta esquerda. Sendo assim, ele tem jogado pouco: foram apenas três partidas como titular, sendo substituído em todas. Em 222 minutos em campo, nenhum gol marcado. É um dos nomes mais cobrados pela torcida para ter mais chances, fato que já chegou a irritar Felipão em entrevistas.
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