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Dia de fã: Popó vai a estádio e vê sobrinho ser campeão estadual no Sergipe

Frei Paulistano foi campeão sergipano com Baco, sobrinho de Popó, vestindo a camisa 10 do time - Federação Sergipana de Futebol
Frei Paulistano foi campeão sergipano com Baco, sobrinho de Popó, vestindo a camisa 10 do time Imagem: Federação Sergipana de Futebol

Emanuel Colombari

Do UOL, em São Paulo

22/04/2019 04h00

A história da Associação Desportiva Frei Paulistano no futebol do Sergipe é digna de nota. Fundado em 29 de agosto de 2016, o time da cidade de Frei Paulo (a 82 km de Aracaju) foi campeão da segunda divisão estadual logo em seu primeiro ano. Em 2019, surpreendeu e conquistou o Campeonato Sergipano, vencendo o Itabaiana nos dois jogos das finais: 2 a 1 e 3 a 1.

A segunda partida foi realizada no sábado (20) na Arena Batistão, em Aracaju, e contou com uma presença ilustra nas arquibancadas: Acelino Freitas, o Popó. O ex-pugilista é tio de Baco, camisa 10 do Frei Paulistano. E, embora tenha passado em branco, o meia ganhou os elogios do tio.

"Ele joga muito, né?", celebrou Popó, em conversa por telefone com o UOL Esporte. "Eu vejo Baco em um time grande. Ele já está com 29 anos, mas nunca teve sorte para jogar em time grande. Sempre foi o melhor meia do campeonato, o melhor jogador da partida. É o 10 do time, mas infelizmente, no time em que ele está jogando, no Sergipe, ninguém passa gols no Fantástico. É complicado", completou.

Luiz Paulo Paixão Freitas, o Baco, passou toda sua carreira em times de menor expressão. Nascido em Salvador no dia 18 de março de 1990, Baco passou por equipes como Fluminense de Feira de Santana (BA), Estanciano (SE), Sergipe e Amadense (SE), entre outros. Antes de chegar ao Frei Paulistano para disputar o Sergipano de 2019, defendeu o clube também em 2018.

Baco, camisa 10 do Frei Paulistano - Federação Sergipana de Futebol - Federação Sergipana de Futebol
Baco (camisa 10, ao centro) é meia do Frei Paulistano; ao logo da carreira, defendeu clubes como Fluminense de Feira de Santana (BA), Estanciano (SE), Sergipe e Amadense (SE)
Imagem: Federação Sergipana de Futebol
Ainda assim, ao longo da carreira, Baco sempre contou com o apoio do tio. "Já acompanho ele há muito tempo. Sempre ajudei ele com chuteira, com passagem. Eu não sou empresário; sou apoiador dele como tio", contou o ex-pugilista, feliz com a trajetória do sobrinho. "A gente se emociona por ser alguém da família, né? A gente vê sobrinhos, filhos, parentes queridos, mesmo que não seja no boxe, mas vê que está no esporte, vê que não está no mundo das drogas."

Na partida do fim de semana, Tiquinho, Acássio e Igor marcaram para o Frei Paulistano, enquanto Paulinho Macaíba fez o do Itabaiana. No terceiro gol do time de Frei Paulo, Baco deu belo passe para o camisa 20, que driblou o goleiro Adson e marcou.

Festa para a torcida do Frei Paulistano e para Popó, que viveu seu dia de fã sem deixar de ser ídolo entre os presentes. Durante o jogo, foram vários os pedidos de fotos e autógrafos.

"Eu tenho que pedir para o pessoal ir no intervalo (tirar foto). Eu parei de lutar, a última vez tem dois anos, mas o nome o pessoal não esquece", contou o ex-campeão mundial dos super-penas (WBO e WBA) e dos leves (WBO).