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Em meio à crise, Atlético-MG dá sinais de reação após decisão do Mineiro

Ricardo Oliveira fica frente a frente com Fabio em clássico entre Atlético-MG e Cruzeiro - Marcelo Alvarenga/AGIF
Ricardo Oliveira fica frente a frente com Fabio em clássico entre Atlético-MG e Cruzeiro Imagem: Marcelo Alvarenga/AGIF

Thiago Fernandes

Do UOL, em Belo Horizonte

22/04/2019 04h00

Vice-campeão mineiro há dois dias, o Atlético-MG deixou de lado uma crise e se reconstruiu. Levir Culpi foi demitido a três dias da partida de ida da decisão, e Rodrigo Santana assumiu o time de forma interina. O ex-treinador do Galo procurou a reportagem para se manifestar na tarde desta sexta-feira (26) e negou qualquer problema com o plantel.

Em crise com a quase iminente eliminação na fase de grupos da Copa Libertadores, o Galo precisou se recuperar para enfrentar o arquirrival Cruzeiro e deu indícios de crescimento para a disputa do Campeonato Brasileiro.

Mas o que o Atlético fez para reagir após viver um momento complicado na temporada? O primeiro passo foi satisfazer os atletas em relação à saída de Levir Culpi. O ex-técnico já não gozava de prestígio com os jogadores, sobretudo os líderes do plantel.

Havia conflito dos principais nomes com o comandante e também com o auxiliar Luiz Matter. O fato fez com que a diretoria optasse pela saída do ex-treinador em uma reunião que contou com o presidente Sérgio Sette Câmara, o ex-técnico e o atual gerente de futebol, Marques.

Levir, por sua vez, nega que tenha tido qualquer tipo de problema com o elenco atleticano: "Me causou estranheza o texto do UOL citando um possível relacionamento ruim entre eu e minha comissão técnica com jogadores líderes do elenco do Atlético. Nunca tive problema algum com nenhum atleta. Sempre os tratei com muito respeito e consideração e a reciproca era verdadeira. Nos unimos para buscar resultados que acredito que viriam com o tempo. Infelizmente me tiraram uma oportunidade de conquistar o meu 6º campeonato mineiro. Chegamos na final com a vantagem de dois empates, conquistada durante o campeonato diante de um Cruzeiro com investimentos muito superiores ao do Atlético e uma comissão técnica com três anos de trabalho. De qualquer forma, discordo da postura da matéria que retratou algo que nunca existiu".

Sem o antigo treinador, a cúpula apostou em um nome que não tinha tanto convívio com o elenco profissional: Rodrigo Santana, técnico do sub-20 do Atlético.

A escolha do departamento de futebol também contribuiu para a reação do time durante a final do Mineiro. O técnico interino escalou o time de forma distinta e apostou em um 4-1-4-1, com um volante à frente da zaga, dois homens no meio de campo e pontas que podem fazer a recomposição.

Em uma semana, o Atlético abandonou o cenário de crise e demonstra ter mais força para a disputa do Brasileirão, que se inicia no fim de semana. "Embora a gente não tenha sido campeão, acredito que a equipe fez dois grandes jogos. Uma postura tática bem interessante na fase defensiva, na fase ofensiva. A gente saiu muito forte desse jogo, muito confiante", disse.

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