Inter tem segundo maior jejum da elite e trata Brasileiro como obsessão
O Internacional tem o segundo maior jejum de conquistas do Campeonato Brasileiro entre os 12 grandes clubes do futebol nacional. No dia 23 de dezembro completam 40 anos da conquista invicta de 1979. E de olho em sair da fila, o clube vermelho e branco trata a competição como obsessão e quer confirmar novo status.
A edição de 2019 começa no sábado em partida contra a Chapecoense fora de casa. Embalado pelo primeiro lugar garantido na Libertadores, o time de Odair Hellmann se vê motivado apesar de ter perdido o título gaúcho nos pênaltis para o Grêmio.
Mas a boa fase contrasta com o desgaste e após uma longa viagem ao Peru, os titulares devem ser preservados para evitar lesões.
Por outro lado, o Inter dá tanto valor a esta edição do Brasileiro que cogita preservar seus titulares na última rodada da chave da competição continental, contra o River Plate no dia 7 de maio, para garantir força total no nacional. O jogo contra os argentinos não terá qualquer impacto na classificação já que ambos estão classificados e o Inter não pode perder o primeiro lugar pela diferença de pontos.
Independente de como começará o torneio, o Inter sonha com algo mais. Depois de viver anos em que frequentava os favoritos à conquista, de perder o título de forma dolorida em 2005 e 2009, e de também conviver com o trágico rebaixamento de 2016, o clube dá total importância ao campeonato.
Dividindo atenções com Libertadores e Copa do Brasil, o Brasileiro significa firmar pé novamente no caminho dos grandes feitos. A conquista catapultaria o Inter a uma nova fase após os infortúnios recentes.
"A gente sabe como o Brasileiro é importante para o Inter. Faz tempo que o clube não conquista e vamos encarar todos os jogos como se fossem decisões", disse o volante Rodrigo Dourado. "É uma competição longa e que temos que dar a mesma atenção ao primeiro e ao último jogo", completou o goleiro Marcelo Lomba.
E a fila, de fato, é longa. O único clube entre os 12 mais tradicionais do país que não ergue a taça há mais tempo que o Inter é o Atlético-MG, cujo único título ocorreu em 1971.
Em segundo na lista do jejum vem o Inter (1979), o Botafogo (1995), o Grêmio (1996), o Vasco (2000), o Santos (2004), o São Paulo (2008), Flamengo (2009), Fluminense (2012), Cruzeiro (2014), Corinthians (2017) e Palmeiras (2018). A relação, por óbvio, só contempla o último título.
"Um time ganha jogo, um grupo ganha campeonato", repete o técnico Odair Hellmann em entrevistas coletivas. E por isso confia na alternância de jogadores em partidas específicas para a conquista dos pontos.
Internacional e Chapecoense jogam no sábado às 19h (de Brasília), pela primeira rodada do Brasileiro.
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