Topo

Sem TV e no calor, Chapecoense supera desgaste e empata com Athletico

Do UOL, em São Paulo

05/05/2019 12h56

A Chapecoense superou o desgaste de um jogo às 11h da manhã e conseguiu um empate em 1 a 1 contra o Athletico na Arena Condá pela terceira rodada do campeonato Campeonato Brasileiro. O time visitante, que poupou a maioria de seus titulares, vencia até 44 do segundo tempo quando tomou o empate. O atacante Rony marcou para os rubro-negros. Everaldo empatou no final. A Chape por pouco não vira nos acréscimos, mas o Athletico conseguiu segurar a pressão.

No último lance, Rony ainda teve a chance de fazer o segundo e sair com a vitória mas errou a finalização e a desperdiçou. O empate deixou as duas equipes com quatro pontos.

Por causa da falta de acordo na negociação dos direitos de transmissão entre clubes e emissoras, a partida não teve transmissão na TV. Por causa do horário, a arbitragem promoveu pausas técnicas para reidratação nos dois tempos. Quem pareceu sofrer mais com o calor e o com desgaste foram os jogadores da Chapecoense: dois deles foram substituídos ainda no primeiro tempo, um deles passando mal.

Paulo Andre, do Athletico-PR, disputa lance com Renato, da Chapecoense - Matheus Sebenello/AGIF - Matheus Sebenello/AGIF
Paulo Andre, do Athletico-PR, disputa lance com Renato, da Chapecoense
Imagem: Matheus Sebenello/AGIF

Pior: Marcelo Cirino. Quando o jogo estava empatado, perdeu duas chances claras de gol, o que poderia ter deixado o jogo mais tranquilo para o Athletico. O argentino Braian Romero também foi mal.

Melhor: Erick. Bom na articulação e com velocidade, o volante foi o principal "motorzinho" no meio campo do time paranaense.

Rony marca com drible e desvio na zaga

Rony, do Athletico-PR, comemora gol contra a Chapecoense - Matheus Sebenello/AGIF - Matheus Sebenello/AGIF
Rony, do Athletico-PR, comemora gol contra a Chapecoense
Imagem: Matheus Sebenello/AGIF

Aos 30 do segundo tempo, Rony conseguiu driblar seu marcador e arriscou de fora da área. Deu sorte: a bola desviou em um jogador da Chape e tirou qualquer chance de defesa do goleiro Tiepo.

Everaldo pega rebote para empatar no final

Everaldo, da Chapecoense, comemora gol contra Athletico-PR  - Matheus Sebenello/AGIF - Matheus Sebenello/AGIF
Everaldo, da Chapecoense, comemora gol contra Athletico-PR
Imagem: Matheus Sebenello/AGIF

Perdendo em casa, a Chapecoense ensaiou uma pequena pressão. No último minuto regulamentar, Everaldo pegou uma rebatida do goleiro Santos para completar para o gol e salvar a Chape da derrota. O árbitro ainda checou com o VAR um possível impedimento, mas o gol foi válido para festa dos mais de 6 mil pagantes que compareceram à Arena Condá.

Athletico domina e Chape aposta em contra-ataque

No primeiro tempo o Athletico conseguiu dominar a maior parte do campo e ficou com a bola por mais tempo, mas teve dificuldade de criar grandes chances de gol. Já a Chapecoense não conseguiu furar o bloqueio defensivo armado pelo técnico Tiago Nunes e dependeu de alguns contra-ataques para assustar o Athletico. A etapa inicial acabou sem grandes emoções, o que mudaria no segundo tempo.

Chape obrigada a trocar três jogadores

A partida da Chapecoense foi prejudicada aos 39 minutos do primeiro tempo quando seus dois meio-campistas foram substituídos simultaneamente. Campanharo sentiu a virilha e se irritou a ponto de socar o chão. Já Regis passou mal na beira do campo e também precisou sair. Segundo o repórter Fabio Schardong, da Rádio Chapecó, o meia teve uma "indisposição gástrica".

No segundo tempo, o técnico Ney Franco ainda perderia o atacante Renato, que saiu com câimbras.

Athletico reservas e poupa titulares para o Boca Juniors

O técnico Tiago Nunes poupou a maioria de seus titulares para o jogo de quinta-feira contra o Boca Juniors pela Libertadores. Assim, reservas como Robson Bambu, Erick, Vitinho e Braian Romero tiveram sua primeira chance no time de cima.

Sem TV, até radialistas se viram em "apuros"

Por causa da complexa negociação de direitos de transmissão, o jogo ficou sem transmissão na TV aberta ou fechada e também não passou em nenhum outro meio audiovisual. Quem não estava em Chapecó precisou se fiar no relato dos radialistas presentes à Arena Condá. Mas mesmo eles viram seu trabalho impactado: em lances de impedimento, por exemplo, não puderam tirar a dúvida na TV sobre a posição dos atletas em campo, como normalmente fazem.