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Atlético-MG se defende do MP e tem projeto até para o trânsito na Arena MRV

Projeção de como vai ficar o estádio do Atlético-MG - Reprodução
Projeção de como vai ficar o estádio do Atlético-MG Imagem: Reprodução

Thiago Fernandes

Do UOL, em Belo Horizonte

16/05/2019 04h00

A Arena MRV se prepara para apresentar uma defesa e mostrar que o pedido do Ministério Público Minas Gerais (MPMG) para a suspensão das obras do local não deve ser aceito pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG). O clube faz, hoje, apenas o cercamento do terreno.

A comissão responsável pelo estádio do Atlético-MG apresenta justificativas referentes ao caráter social do local. Em discussão com a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) e suas secretarias, além da comissão de moradores dos bairros próximos ao lugar, é definido o que será feito em prol da sociedade.

O clube estuda a possibilidade de fazer uma Unidade Básica de Saúde (UBS) ou a construção de uma creche para a população local.

"Em relação às proposições de melhorias da Arena MRV, existem várias. Por ser classificado como projeto de interesse social, a gente está tentando conciliar com a Prefeitura o que é adequado para a região e o que a população quer. Estamos estudando se haverá uma creche ou uma Unidade Básica de Saúde (UBS)", disse Bruno Muzzi, CEO da Arena MRV, ao UOL Esporte.

Há também um projeto para melhorar as condições viárias da região, com propostas de ampliação de vias como o Anel Rodoviário e a Via Expressa, que liga Belo Horizonte a Contagem.

"Existem diversas propostas de melhorias de área. Uma das preocupações é o trânsito, pelo impacto que a Arena gera. Existem várias proposições que estamos fazendo, mas não estão totalmente definidas, porque precisamos coordenar com a BHTrans. A Arena traz um impacto positivo para a região de área de lazer, melhoria da área. A gente acha que é um equipamento que vai contribuir muito para a região", comentou Bruno Muzzi.

O Atlético-MG ainda não foi notificado pelo TJMG para apresentar a sua defesa em relação às acusações do Ministério Público. "Ainda não fomos notificados. A partir do momento que a gente for notificado, o que devem fazer para abrir partes. A gente imagina que abrirá parte para que a gente possa definir isso", relatou Muzzi.

Wauner Batista Ferreira Machado seria o juiz responsável pelo caso. Ele, no entanto, solicitou afastamento do processo, que agora será julgado por Maurício Leitão Linhares.

Ave é tema de pedido do MP-MG

Há uma espécie de ave chamada capacetinho-do-oco-do-pau na região do estádio. O Ministério Público alega que a ave está em perigo de extinção. No entanto, os responsáveis pela Arena MRV alegam que não há riscos e explicam que o animal já foi tema de uma conversa com a PBH.

"Na própria condicionante da Prefeitura, existe o pedido de cuidado com o pássaro e outros animais. Isso já foi abordado pela Prefeitura e a gente precisa respeitar o que a Prefeitura nos solicitou. A lista que a Prefeitura usa para classificar o pássaro é uma lista em inglês, que se chama Least-concern [species]. Ela classifica como algo de menor preocupação. Não está efetivamente em ameaça de extinção. O que o Ministério Público talvez tenha feito é olhar a lista de pendências do início de 2018. Talvez isso tenha acontecido", explicou Bruno Muzzi.

Por fim, o MP contesta o fato de haver uma APP (Área de Preservação Permanente) no terreno. No entanto, o Galo já apresentou o projeto e conta com aval do IEF (Instituto Estadual de Florestas) de Minas Gerais para construir o estádio no local. O clube pretende seguir as normas estabelecidas pelo órgão público.

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